Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Milícia do sul do Iêmen diz que vai continuar a enfrentar houthis

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Quarta, 22 de Abril de 2015 às 08:39, por: CdB
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O movimento de resistência do sul reune civis do sul, ex-militares e membros do movimento separatista do sul Herak
Milicianos no sul do Iêmen disseram na noite de terça-feira que vão continuar lutando contra rebeldes houthis, aliados do Irã, até expulsá-los da região, apesar de a Arábia Saudita ter anunciado que vai encerrar a campanha de ataques aéreos contra os insurgentes. Houthis e combatentes da milícia entraram em confronto nas ruas da cidade de Áden, no sul do país, por grande parte da terça-feira, após o anúncio dos sauditas, disseram moradores à Reuters. "O fim da Operação Tempestade Decisiva (liderada pelos sauditas) não significa que a resistência do sul vai terminar suas operações no terreno", disse um comunicado do grupo. "Esta frente não vai parar sua luta até que todo o sul esteja purificado dos houthis e das forças pró-Saleh", acrescentou o texto. O movimento de resistência do sul reune civis do sul, ex-militares e membros do movimento separatista do sul Herak contra os houthis, que estão lutando ao lado das tropas leais ao ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh. A Arábia Saudita anunciou na terça-feira que estava terminando uma campanha de ataques aéreos contra os rebeldes houthis que tomaram grandes áreas do Iêmen, e disse que iria apoiar uma solução política para trazer a paz ao seu vizinho devastado pela guerra. Conflito permanece Forças rivais continuaram a se enfrentar no Iêmen nesta quarta-feira apesar do fim declarado da campanha de bombardeios liderada pela Arábia Saudita, mostrando como poderá ser difícil encontrar uma solução política para uma guerra que desperta animosidades entre os sauditas e o Irã, potências do Golfo Pérsico. O anúncio de terça-feira de que Riad iria encerrar seus ataques aéreos contra os houthis, quem têm apoio iraniano, gerou reações positivas da Casa Branca e de Teerã, assim como novos pedidos de conversas de paz e de entrega urgente de ajuda humanitária. Mas horas depois, combatentes houthis capturaram o complexo de uma brigada do Exército leal ao governo na cidade de Taiz, no centro do país, após combates intensos. Os sauditas realizaram uma ofensiva aérea contra a sede da brigada pouco depois, disseram moradores. A brigada, assim como várias outras formações, declarou sua lealdade ao presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, exilado na Arábia Saudita, abrindo uma nova frente no conflito contra os houthis. No final da terça-feira, milicianos no sul do Iêmen disseram que irão continuar a enfrentar os houthis até expulsá-los da região, apesar de Riad ter afirmado que sua campanha de um mês contra a etnia já cumpriu seu objetivo. Moradores do sul e houthis combateram nesta quarta-feira nos arredores da cidade de Dalea, bastião de separatistas no sul iemenita que mudou de mãos várias vezes durante o conflito. “Esta frente não irá parar de lutar até que todo o sul seja purificado dos houthis e das forças pró-(ex-presidente iemenita Ali Abdullah) Saleh”, afirmou um comunicado de um grupo chamado Movimento de Resistência do Sul. Diálogo O movimento congrega civis da região, ex-oficiais do Exército e membros de um movimento secessionista do sul para enfrentar os houthis, que por sua vez lutam ao lado de tropas leais a Saleh. O próprio Saleh saudou o anúncio saudita e pediu a retomada do diálogo político, de acordo com uma declaração em sua conta de Twitter. A Arábia Saudita disse que irá iniciar uma nova fase chamada “Operação Recuperando a Esperança”, na qual ações políticas, diplomáticas e militares serão combinadas, mas tendo como foco o processo político.
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