Jovens judeus, líderes de governo e sobreviventes do Holocausto reuniram-se nesta quinta-feira no campo da morte mais conhecido da Segunda Guerra Mundial, Auschwitz, para participar da "Marcha da Vida" no Dia do Holocausto.
Meses após o aniversário de 60 anos da libertação de Auschwitz, quase 20 mil pessoas vão percorrer os três quilômetros entre Auschwitz e o campo de Birkenau, onde os primeiros-ministros de Israel, da Polônia e da Hungria comparecerão a cerimônias oficiais. Os líderes deverão participar de parte da caminhada.
O complexo Auschwitz-Birkenau formava o maior campo da morte construído pelos nazistas da Alemanha na Polônia e foi o principal centro da política de Adolf Hitler de genocídio dos judeus da Europa.
A procissão vai sair do portão do campo de Auschwitz que tem a inscrição "Arbeit Macht Frei" (o trabalho liberta, em alemão) em direção a Birkenau, local em que ainda podem ser vistos cinzas e restos de ossos sob os destroços dos crematórios.
- Quero dizer adeus à minha mãe e à minha família. Suas sepulturas não estão aqui, mas suas cinzas estão. É difícil. Sinto frio por dentro e por fora - afirmou Katia Egett, judia húngara que passou um ano em Auschwitz, e que participa do evento com um grupo de Montrel, Canadá.
Mais de um milhão de judeus morreram nas câmaras de gás de Birkenau, sendo mais de 400 mil deles da Hungria.
Desde 1988, a "Marcha da Vida" atrai judeus para ver os lugares do genocídio da guerra. Muitos grupos judaicos dão auxílio financeiros para pessoas que não poderiam pagar pela viagem à Polônia.
Dos seis milhões de judeus assassinados durante a guerra, cerca de 1,1 milhão morreram em Auschwitz-Birkenau.