Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Milhares de livros valiosos somem de biblioteca francesa

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Quarta, 29 de Junho de 2005 às 11:54, por: CdB

Pelo menos 30 mil livros de valor inestimável, incluindo mais de mil manuscritos, sumiram da Biblioteca Nacional da França em Paris, informou o porta-voz da instituição, Marc Rassat.
A confirmação foi feita na segunda-feira, depois que o jornal francês Le Figaro divulgou o resultado de um inventário realizado secretamente a pedido do Ministério da Cultura francês na coleção da biblioteca.

O documento, repleto de críticas à segurança da Biblioteca, sugere que os itens foram roubados ao longo de várias décadas, sem nunca terem sido rastreados. Os roubos teriam começado ainda na Segunda Guerra Mundial, afirmou o Le Figaro.

Um dos antigos curadores da Biblioteca Nacional, Michel Garel, já está sendo interrogado pela polícia francesa. Os títulos e autores dos documentos e obras roubados não foram divulgados e a biblioteca, em sua página na internet, avisa que não comentará o caso até a conclusão das investigações.

Representantes da biblioteca disseram que o sumiço era um absurdo, mas não surpreendente, já que a instituição possui filiais em várias cidades francesas e os livros eram levados de uma para a outra, muitas vezes sem serem monitorados de maneira eficaz.

Os livros também poderiam ter sumido quando a biblioteca foi transferida do centro para o leste de Paris, nos anos 90.

Michel Garel é o foco de um dos vários inquéritos nos quais trabalha a polícia francesa. Ele está sendo questionado sobre o desaparecimento de 25 manuscritos valiosos e por mais de cem páginas de livros que foram arrancadas.

Garel diz ser inocente e contou à polícia que foi feito de bode expiatório pela incompetência de outras pessoas. Segundo a correspondente da BBC em Paris Jackie Rowland, a segurança melhorou desde que a biblioteca mudou de lugar, mas seus representantes admitem que, como se trata de uma instituição pública, ela ainda está sujeita a roubos.

A Biblioteca Nacional é a maior da França e foi criada pelo rei Luís 11 no século 15. Há mais de 30 milhões de obras no local. Todos os trabalhos escritos publicados na França estão ali armazenados.

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