Mercados asiáticos encerram em baixa com recorde do petróleo

A bolsa de Tóquio fechou em baixa nesta sexta-feira, pressionada pelo preço recorde do petróleo, que chegou a ser negociado a US$ 60 o barril. A alta da commodity encorajou investidores a buscarem lucro em companhias recém valorizadas, como a construtora Kajima e imobiliárias. A preocupação com os preços do petróleo atingiu também os principais pregões do Sudeste Asiático.

O índice Nikkei fechou em queda de 0,34%, a 11.537 pontos. O impacto do elevado preço do petróleo nas economias do Japão e dos Estados Unidos permanecem incertos, e os investidores aguardam a reunião do Federal Reserve marcada para a próxima semana.

As ações de siderúrgicas caíram pelo quinto pregão consecutivo devido a preocupações de que o excedente global de estoques possa influenciar o lucro das companhias. O chefe de investimentos da Yasuda Asset Management, Masaki Iso, afirmou que o mercado está preocupado com o nível de gastos dos consumidores nos EUA.

- Eu ouvi que cerca de 5 por cento dos gastos dos consumidores nos Estados Unidos é com gasolina...e os elevados preços do petróleo podem reduzir esse número e pesar sobre os custos das companhias - afirmou.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng foi um dos poucos que fecharam em alta na Ásia nesta sexta-feira. O indicador encerrou com valorização de 0,28%, para 14.230 pontos. A bolsa reverteu perdas do começo do pregão e alcançou seu maior nível desde 3 de janeiro, com as ações de imobiliárias em alta após o governo ter facilitado as vendas de terrenos esta semana.

O outro pregão que avançou na Ásia foi o de Cingapura. O índice Straits Times apresentando oscilação positiva de 0,01%, alcançando o maior patamar em cinco anos e meio. Os negócios foram contidos pelos preços do petróleo, apesar de altas em ações de bancos como o DBS Group, que reduziram perdas.

Na Coréia do Sul, a bolsa de Seul recuou 0,83%, para 1.002 pontos, devido a vendas de ações de transportadoras e fabricantes sensíveis ao preço do petróleo, como a siderúrgica POSCO. Fabricantes de chips, incluindo a Samsung Electronics, também fecharam em baixa depois que a norte-americana Micron Technology divulgou seu maior prejuízo trimestral dos últimos dois anos.