O mercado reduziu pela nona semana consecutiva sua previsão para o crescimento econômico de 2003, mas elevou, ainda que ligeiramente, o prognóstico para o próximo ano. A perspectiva para a inflação deste ano sofreu nova leve elevação.
Uma pesquisa do BC mostrou nesta segunda-feira que a mediana das estimativas de quase cem instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano caiu de 0,74% para 0,71%.
O número está próximo do número previsto pelo BC em seu Relatório de Inflação divulgado na semana passada, de 0,60%.
Para o crescimento em 2004 as projeções foram elevadas pela segunda semana consecutiva, de 3,10 para 3,13%.
As instituições consultadas prevêem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) suba 9,68% este ano, estimativa superior à de 9,65% na semana passada.
O BC estimou em seu RelatórIo uma taxa de 8,9% para 2003, mais próxima da meta do ano de 8,5%. Em 2002, a inflação foi de 12,53%.
Para a inflação em 2004, as estimativas do mercado foram mantidas em 6,2%. A expectativa para os próximos 12 meses foi revisada de 6,50 para 6,55%, sendo elevada pela segunda semana seguida.
Em setembro, o mercado vê uma inflação de 0,70%, previsão levemente superior à de 0,69% vista no relatório anterior.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de setembro na quinta-feira.
Para outubro, as previsões do mercado tiveram uma leve alta, de 0,50 para 0,53%.
As estimativas para a taxa de juros no final deste ano voltaram a cair, pela terceira semana consecutiva, de 17,50 para 17,35%.
Atualmente a Selic é de 20%. Para o final de 2004, as instituições continuam prevendo uma taxa de 15%.