Grave infecção urinária leva à aplicação de antibióticos de última geração no tratamento de Michel Temer.
Por Redação - de Brasília
Presidente de facto, o emedebista Michel Temer seguia em repouso absoluto, no Palácio do Jaburu, por determinação médica. Uma nova infecção urinária passou a ser combatida, nas últimas horas, com um antibiótico de última geração. Temer passou as últimas horas de 2017 com a família. Após ser examinado pela equipe médica, chamada especialmente à residência oficial, recebeu a proibição de viajar a São Paulo.
Temer foi submetido, em 13 de dezembro, a um procedimento de desobstrução da uretra no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele recebeu alta no dia 15. No sábado, foi feita uma coleta de urina do presidente. O material foi encaminhando ao Hospital das Forças Armadas (HFA), e o resultado do exame confirmou a infecção.
Sonda
Diante do quadro infeccioso, o presidente está sendo medicado com um antibiótico chamado Ertapenem, medicamento de última geração, usado no combate às infecções mais resistentes a antibióticos comuns. Há 15 dias, o emedebista foi submetido a um procedimento cirúrgico de desobstrução da uretra. A previsão da equipe médica é que ele ficaria com uma sonda por três semanas. Além de desconfortável, o risco de infecção com a sonda se multiplicou ao longo dos dias.
Temer não seguiu o conselho para que mantivesse o repouso necessário à convalescença, por ordem dos médicos. Em vez de descansar, seguiu em solenidades e reuniões, na tentativa de reformular a Previdência e cumprir o acordado com os agentes políticos e econômicos que o mantêm no poder.
A infecção, no entanto, era temida pela equipe médica desde a semana passada, quando Temer foi desaconselhado a passar o fim do ano na base naval da Restinga de Marambaia, no litoral sul do Rio de Janeiro.