Mattoso diz que até 75% dos recursos para habitação serão usados

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, estimou que até o final deste ano cerca de 70% a 75% dos recursos disponíveis pela Caixa em 2004 na área de habitação serão utilizados. Nas áreas de seneamento e de crédito comercial, 100% terão sido efetivamente emprestados ao mercado.

Mattoso atribuiu em especial ao problema de renda o não atingimento da meta de 100% de liberações para a área de habitação. Com a retomada da atividade econômica e expansão do emprego, ele analisou que "é inevitável o crescimento da renda".

Deixou claro que no caso da Caixa, a burocracia não foi um fator inibidor para os tomadores. "A nossa participação de 70% a 75% é bem mais importante que a do setor privado, que só colocou R$ 2,2 bilhões até poucos dias", informou. A proposta do conjunto de todos os bancos privados era colocar no mercado R$3 bilhões e a Caixa vai colocar em torno de R$6 bilhões, o dobro de todo o setor privado junto, revelou.

O presidente da Caixa destacou que nos últimos anos o que ocorria era o inverso, ou seja, havia menos recursos do que o mercado demandava. "Agora, pela primeira vez em muitos anos, nós temos recursos em abundância, disponibilizados para diferentes faixas de renda do mercado". O total de recursos da Caixa este ano atingiu em torno de R$10 bilhões, contra R$6 bilhões em 2003. Para 2005, a previsão é de R$15 bilhões, sendo entre R$10 a R$11 bilhões para habitação.

Jorge Mattoso acredita que o esforço feito pela Caixa em dezembro poderá levar a instituição a colocar mais R$1 bilhão para empréstimos no próximo ano.