Pelo menos 17 camponeses foram assassinados por supostos guerrilheiros das Farc numa aldeia rural do Arauca, departamento na fronteira nordeste da Colômbia com a Venezuela, informaram as autoridades locais hoje, sábado.
Outros três agricultores ficaram feridos no ataque, praticado contra moradores que haviam se reunido ontem à noite na rua para comemorar o réveillon, disse à imprensa Alfredo Guzmán, prefeito de Tame, povoado onde aconteceu o massacre.
"São camponeses", disse Guzmán, após detalhar que o crime aconteceu em Puerto San Salvador, bairro da zona rural da cidade, que fica a 600 km de Bogotá.
O prefeito disse que as vítimas são quatro menores de idade e 13 adultos, seis deles mulheres.
Segundo o testemunho de um dos feridos, cuja identidade não foi revelada pelo prefeito, os responsáveis pela chacina acusaram os moradores de "colaborarem com as autodefesas (paramilitares de extrema direita)".
A versão levou as autoridades locais a atribuir o crime às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilha de esquerda que mantém na região uma forte disputa por território com a organização Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), de extrema-direita.
O comandante da polícia no Arauca, coronel Rodrigo Palacio, confirmou à imprensa o testemunho, mas disse que ainda investiga se a responsabilidade é das Farc.