Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Marília Pêra recebe últimas homenagens em Teatro no Rio

Arquivado em:
Sábado, 05 de Dezembro de 2015 às 09:43, por: CdB

Nascida no Rio, em 22 de janeiro de 1943, Marília Pêra estreou nos palcos com apenas 19 dias de vida, numa peça que precisava de um bebê

Por Redação - do Rio de Janeiro A atriz Marília Pêra morreu neste sábado, no início da manhã, por volta das 6 horas, em sua casa, na Zona Sul do Rio e receberá as últimas homenagens na sala de espetáculos que leva o nome dela, no Teatro Leblon. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada, mas a atriz passava por severo tratamento contra um câncer. Ela também tratava um desgaste ósseo na região lombar, que a afastou dos palcos por quase um ano.
marilia-pera.jpg
Marília Pêra foi uma das mais prestigiadas atrizes brasileiras dos últimos tempos
Marília atuou em mais de 50 peças, 30 filmes e perto de 40 novelas, minisséries e programas de TV. Um dos últimos trabalhos da atriz foi sua participação na série Pé na Cova, na Rede Globo. O criador da série, Miguel Falabella, preparava uma nova série que teria Marília Pêra como protagonista. Em Negócios da Família, a atriz interpretaria a mulher de um político corrupto que perde todas as mordomias e se transforma em uma viúva negra que mata milionários para ficar com suas fortunas. Marília Marzullo Pêra, irmã da também atriz e ex-Frenética Sandra Pêra, foi um dos grandes nomes do teatro brasileiro nas últimas sete décadas. Seu pai, o português Manoel Pêra, era ator e tinha uma companhia teatral no Rio; a mãe, Dinorah Marzullo, era atriz. A avó, Antonia Marzullo, fez vários papéis no cinema. Uma vida nos palcos Nascida no Rio, em 22 de janeiro de 1943, Marília Pêra estreou nos palcos com apenas 19 dias de vida, numa peça que precisava de um bebê. Marília colecionou personagens marcantes. Na TV, entre outros, a Shirley Sexy de O cafona, a taxista Noeli de Bandeira 2 (ambas em 1971), a Rafaela de Brega & chique (1987) e a vilã Juliana, na minissérie O primo Basílio (1988). Entre os 14 e os 21 anos, Marília atuou como bailarina em musicais. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça Society em baby-doll. Outro destaque foi Como vencer na vida sem fazer força, trabalhando ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran. Em 1965, Marília foi contratada pelo diretor Abdon Torres para integrar o elenco inicial da TV Globo. Nessa época, fez o papel principal das novelas Rosinha do sobrado, Padre Tião e A moreninha. No cinema, depois de uma estreia que não a agradou, em O homem que comprou o mundo (1968), de Eduardo Coutinho, persistiu na tela grande. Em 1980, recebeu o prêmio de melhor atriz da Associação dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos, pela prostituta Sueli em Pixote, a lei do mais fraco, de Hector Babenco. — Isso me abriu as portas do mundo, mas não fui trabalhar nos EUA porque não dominava o inglês — lembrava. Entre seus 24 filmes, estão Bar Esperança, o último que fecha (1983) de Hugo Carvana, e Central do Brasil (1998), de Walter Salles.
Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo