Marcha reúne mulheres de todo o mundo

Mais de 30 mil mulheres do Brasil, Canadá, Camarões e Burkina Faso são esperadas hoje, às 14 horas, na Avenida Paulista, de onde sairá uma passeata em direção à Praça da República. O movimento faz parte da Marcha Mundial das Mulheres, na qual entidades sindicais, rurais, estudantes, sem-teto, movimento de mulheres negras e partidos políticos darão início a um percurso mundial de protestos e discussões sobre alternativas para os problemas de gênero nos cincos continentes.

A Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade, fruto de um processo de debates com grupos de mulheres de mais de 60 países, vai passar de um povo a outro. A carta é constituída por 31 itens que descrevem os princípios essenciais para a construção do mundo. A marcha tem o objetivo de mobilizar os países, de março a outubro, para o debate amplo da carta e organizar ações simultâneas em torno de quatro questões: contra o livre comércio, contra a guerra e militarização, contra o tráfico de mulheres e pela soberania alimentar.

Na noite de 4 de abril será realizada vigília contra a guerra da Colômbia, esta será a primeira ação internacional simultânea que integra o calendário de mobilização da Marcha Mundial das Mulheres. No dia 12 de março será realizado o ato Mercosul da Marcha Mundial das Mulheres, marcando a chegada da carta à cidade de Porto Xavier (RS), na fronteira do Brasil com a Argentina. O evento será realizado no Porto Internacional, às margens do Rio Uruguai, e contará com a participação de organizações do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Nas manifestações de hoje serão lançadas ações internacionais. A viagem da carta termina no dia 17 de outubro, com uma mobilização internacional. Os países participantes farão uma hora de ação, das 12 às 13 horas, percorrendo o sentido do fuso horário. A intenção é demonstrar a organização e capacidade de mobilização da mulher.