Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Manifestantes incendeiam ônibus depois de morte em ação policial no Rio

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Terça, 22 de Agosto de 2017 às 11:13, por: CdB

O protesto ocorreu depois que uma operação policial na comunidade da Vila Aliança, na noite anterior, terminou com um morador morto

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

Manifestantes atearam fogo a um ônibus em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira. O protesto ocorreu depois que uma operação policial na comunidade da Vila Aliança, na noite anterior, terminou com um morador morto.

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Manifestantes atearam fogo a um ônibus em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira

Segundo a Polícia Militar, o Batalhão de Bangu (14º BPM) fez uma operação na comunidade para reprimir o roubo de cargas. Na ação, um homem foi preso com uma arma, granada e um carro roubado.

Na mesma noite, os policiais disseram ter recebido a informação de que uma pessoa tinha sido baleada e encaminhada para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. O homem morreu antes de chegar ao hospital. Por causa do protesto de hoje, o patrulhamento foi reforçado no local.

Crimes de letalidade violenta

O secretário de Estado de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse que, segundo dados de julho de 2017 do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, houve redução de 2,4% nos crimes de letalidade violenta na comparação ao mesmo mês do ano passado, quando houve grande aparato de segurança e de defesa no Rio diante da proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. “Me parece que a gente, mesmo com menos recursos conseguiu preservar aquilo que é mais precioso, que é a vida”.

A informação foi divulgada, em entrevista, após reunião com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na região central do Rio para avaliar operação conjunta polícias estaduais, federais e as Forças Armadas no Rio que prendeu 43 pessoas, onze armas, granadas, drogas e munições em oito comunidades na zona norte do Rio.

O secretário disse que, todos os dias, as polícias do estado apreendem armas e que, de acordo os dados do ISP no mês de julho; foram apreendidas 712 armas de fogo. A polícia do Estado vem apreendendo uma arma de fogo por hora; só no primeiro semestre foram mais de 300 fuzis apreendidos.

– Essas armas serão retiradas das mãos dos criminosos. Eu acho que o Brasil tem que buscar; não só apreendermos,é também fazer o máximo que pudermos para evitar que elas cheguem. Isso vai ser um ponto, o auge das nossas ações – disse.

UPPs

Roberto Sá reafirmou que a política de instalação de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas comunidades como a do Jacarezinho precisa de correção diante dos problemas que vem apresentando “em uma ou outra área” a partir de 2013. A secretaria, segundo ele, faz uma avaliação permanente para a busca de melhorias.

– Na região se houve confrontos com outras forças policiais, mesmo tendo UPP, é porque o crime se reorganizou; novas armas chegaram e antigos ou novos criminosos começaram a aterrorizar pessoas, trabalhadores e até mesmo policiais. A polícia não vai descansar enquanto não colocar esses criminosos atrás das grades – disse.

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