Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Manifestações em prol da reforma agrária são bem-vindas, diz Rossetto

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Quinta, 28 de Abril de 2005 às 15:51, por: CdB

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, disse hoje em Fortaleza que não está preocupado com as manifestações previstas para os próximos dias, relativas à Marcha Nacional pela Reforma Agrária, organizada pelos movimentos ligados aos agricultores sem-terra. Segundo Rossetto, "manifestações que colaborem com o diálogo, com o debate permanente na sociedade brasileira sobre a importância de um programa de reforma agrária qualificado, sempre são bem- vindas".

- A sociedade brasileira gosta de participar dessas agendas que são organizadoras de um futuro melhor para o nosso país. Portanto, esse tipo de manifestação, na minha opinião, é algo muito positivo, porque estimula um debate sobre estratégias de desenvolvimento rural e de geração de trabalho para o nosso país - disse ele.

Rosseto afirmou que todo o mês de maio, até o Grito da Terra Brasil, promovido pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), será um "período privilegiado para os movimentos sociais e as organizações dos trabalhadores rurais".

- Vai fortalecer a agenda que tem sido prioritária para o governo federal e que tem como base um novo modelo de reforma agrária, com programa estratégico e muito positivo para a mudança que estamos produzindo no país - explicou o ministro.

Rosseto acrescentou que o atual governo, em seus dois primeiros anos, já assegurou o acesso á terra de mais de 130 mil famílias, sendo 118 mil só no programa de reforma agrária. Segundo ele, isso equivale a 81% das metas para o período.

- Estamos trabalhando com muita confiança para cumprir todas as metas anunciadas segundo o Plano Nacional de Reforma Agrária. São 400 mil famílias até o final de 2006.

Rosseto veio a Fortaleza para a assinatura para acordos de cooperação com o Centro Federal de Educação tecnológica (Cefet), que vai prestar consultoria aos assentamentos nas áreas de engenharia civil, gestão ambiental e informática nos assentamentos e com Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) para desenvolver projetos de preservação de bens culturais existentes nos assentamentos. O ministro também assistiu a um documentário de curta metragem produzido pela ONG Encine, com apoio dos Correios e do Incra. O filme registra o cotidiano em assentamentos ao longo do rio Jaguaribe.

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