Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Maioria dos israelenses quer renúncia de Olmert

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Sexta, 25 de Agosto de 2006 às 08:06, por: CdB

Uma pesquisa de jornal mostrou, nesta sexta-feira, que 63% dos israelenses querem a renúncia do primeiro-ministro, Ehud Olmert, diante de fortes críticas sobre a maneira como ele conduziu a guerra no Líbano

.A sondagem do diário Yedioth Aharonoth mostrou que, pela primeira vez, uma maioria de israelenses está a favor da saída de Olmert, junto com um grande crescimento do apoio popular ao partido de direita Likud, e ao líder da legenda, Benjamin Netanyahu.

Segundo a pesquisa do Yedioth, 22% consideram Netanyahu o "mais apropriado" para ser primeiro-ministro de Israel, comparados aos 11 % de Olmert.

Olmert também ficou atrás do ultranacionalista Avigdor Lieberman, com 18 %, e do veterano Shimon Peres, com 12 %, de acordo com o Yedioth.

A pesquisa do Yedioth mostrou ainda que 45 % apoiariam Netanyahu para o cargo de primeiro-ministro em novas eleições. O jornal de maior circulação em Israel chamou os resultados da pesquisa de "terremoto" político para Olmert, que é do partido centrista Kadima.

Uma pesquisa similar publicada há uma semana mostrava que 41 % queriam a renúncia de Olmert.

Outra pesquisa, esta no jornal Maariv, mostra que apenas 14 % dos israelenses votariam em Olmert se as eleições fossem hoje. Vinte e seis por cento dos entrevistados apóiam Netanyahu, que já foi primeiro-ministro.

Olmert, político de carreira que não tem as credenciais militares de muitos de seus antecessores, viu seu apoio despencar por não ter conseguido dar o golpe fatal ao Hezbollah durante os 34 dias de guerra no Líbano.

Kadima atrás

A pesquisa do Maariv mostrou que se as eleições fossem realizadas hoje, o partido Kadima, de Olmert, ganharia apenas 14 cadeiras no Parlamento, comparadas às 24 do Likud e do partido de Lieberman. O partido Trabalhista, de esquerda, ganharia apenas nove assentos.

Além do pedido pela renúncia de Olmert, 74 % dos israelenses, segundo a pesquisa do Yedioth, dizem que o ministro da Defesa, Amir Peretz, chefe dos trabalhistas, deveria sair do cargo. Cinquenta e quatro por cento querem a saída do comandante do Exército, Dan Halutz.

Muitos israelenses consideram o cessar-fogo mediado pela ONU e apoiado por Olmert como um fracasso para Israel, porque o Hezbollah continua com dois soldados israelenses, cuja captura pelo grupo, em 12 de julho, causou a guerra. Pelo menos 1.110 pessoas morreram no Líbano e 157 em Israel durante o conflito.

Em tentativa de melhorar sua posição pública, Olmert visitou na quinta-feira diversas cidades no norte de Israel e prometeu mais de US$ 2 bilhões em fundos de reconstrução para a região. Mas ele já está lutando para manter sua coalizão com os trabalhistas, e não disse de onde virá o dinheiro.

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