Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Magnussen diz temer projeto de escudo de cockpit em condições úmidas

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Quinta, 27 de Abril de 2017 às 11:49, por: CdB

A proteção do cockpit é vista como uma área crucial na qual é possível fazer melhorias de segurança, uma reação a fatalidades em outras modalidades

Por Redação, com Reuters - de Sochi, Rússia:

O piloto de Fórmula 1 dinamarquês Kevin Magnussen se pronunciou nesta quinta-feira contra os planos da modalidade de adotar um "escudo" de cockpit transparente, alertando que ele poderia tornar a pilotagem mais perigosa em condições úmidas.

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O piloto de Fórmula 1 dinamarquês Kevin Magnussen

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta semana que está se concentrando no projeto de um escudo (tela). Ao invés de um sistema de proteção de cockpit de "halo" previamente testado.

A FIA disse que testes em pista serão realizados durante a temporada como preparativo para uma implantação em 2018.

– Vimos algumas fotos. Sou contra – disse Magnussen, da equipe Haas F1. Aos repórteres no circuito de Sochi, sede do Grande Prêmio da Rússia de domingo.

– Não acho que precisamos de algo assim. Acho que será difícil. Especialmente com umidade, com a tela. Mesmo sem uma tela, com umidade é difícil ver alguma coisa.

– Tenho certeza de que com isso do mesmo modo será impossível, e mais perigoso em condições úmidas – opinou o ex-piloto da Renault e McLaren, que prefere continuar sem nenhum dos sistemas.

O dispositivo de "halo", que é fixado em três pontos, incluindo uma coluna central diante do piloto que sustenta um arco protetor acima de sua cabeça, foi longamente testado na última temporada e causou reações variadas.

A proteção do cockpit é vista como uma área crucial na qual é possível fazer melhorias de segurança, uma reação a fatalidades em outras modalidades nas quais pilotos foram atingidos por rodas e destroços.

Alonso

O bicampeão mundial de Fórmula 1 Fernando Alonso vê as 500 Milhas de Indianápolis, que ele correrá no mês que vem, como um desafio maior que as 24 Horas de Le Mans, que também pretende vencer para conquistar a Tríplice Coroa do automobilismo mundial.

– A maior tarefa, definitivamente, é a Indy 500 para um piloto de Fórmula 1 – disse o espanhol a repórteres durante uma visita ao circuito Barber Motorsport Park, no domingo.

– Acho que é bem diferente. É desafiador. O nível de força descendente, a sensação no carro, correr com um carro que não é simétrico nas retas, na frenagem. Acho que o tráfego é uma questão séria.

Alonso estabeleceu o objetivo de se tornar o primeiro piloto. Desde o falecido britânico Graham Hill a vencer na F1, na Indy 500 e em Le Mans.

O piloto da McLaren, que não irá participar do emblemático Grande Prêmio de Mônaco de F1. Para disputar a Indy 500 no dia 28 pela primeira vez. Tampouco tem experiência em Le Mans. Mas deu a entender que isso terá que acontecer depois da F1.

O piloto de 35 anos acredita que a prova francesa. Que Nico Hulkenberg, atualmente na equipe Renault F1, venceu com a Porsche em 2015. Seria uma mudança mais fácil porque os carros são mais semelhantes.

– Alguns dos pilotos de F1 que vão para os carros de Le Mans não têm dificuldades em termos de adaptação – disse Alonso. Cujo contrato atual com a McLaren vence no final do ano.

– As 24 Horas são um pouco diferentes, é uma corrida mais relaxada, você pode fazê-lo com mais idade – acrescentou Alonso, que é amigo do australiano Mark Webber, piloto aposentado de F1 e de Le Mans.  

McLaren-Honda

Alonso esteve no Alabama com o chefe da McLaren, Zak Brown, que disse que gostaria de ver uma dobradinha McLaren-Honda competindo em Indianápolis todos os anos, para se encontrar com a equipe Andretti Autosport Team, que irá lhe fornecer um carro para a Indy.

– Estou com a melhor equipe possível para este tipo de lição que preciso aprender. Também estou com o treinador (brasileiro vencedor da Indy de 2003) Gil de Ferran, o que tenho certeza que será muito, muito útil para todas essas coisas novas que preciso aprender.

A McLaren venceu em Le Mans em 1995, mas Brown disse à agência inglesa de notícias Reutersque “ainda são os primeiros dias” e que ainda não é possível contemplar um retorno.

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