Lula segue à frente de seus adversários, apesar do cerco jurídico-midiático que enfrenta, há décadas. "João Doria é o tucano mais bem colocado no ranking do Ipsos: 45% desaprovam sua atuação, 16% aprovam e 39% dos brasileiros não o conhecem o suficiente"
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possível candidato a um terceiro mandato, no ano que vem, é o político mais popular do país.
A constatação é da pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira. O estudo também revela que o grito “Fora Temer!” une a maior parte dos eleitores brasileiros. A pesquisa mostra, ainda, que os presidenciáveis tucanos estão entre os políticos mais rejeitados entre os eleitores.
"Entre 20 políticos testados na pesquisa Ipsos, Lula tem a maior taxa de aprovação: 38%. Com 59% de desaprovação, ele está longe da unanimidade que sonhou ser, mas ganhou sete pontos positivos desde fevereiro. Nenhum outro filiado a partido é mais aprovado do que o petista. Aprovação maior, só de nomes do Judiciário", informa a pesquisa.
Lula segue à frente de seus adversários, apesar do cerco jurídico-midiático que enfrenta, há décadas. "João Doria é o tucano mais bem colocado no ranking do Ipsos: 45% desaprovam sua atuação, 16% aprovam e 39% dos brasileiros não o conhecem o suficiente", informa. "Marina Silva (Rede) tem 62% de desaprovação e 23% de aprovação. Já o ex-militar Jair Bolsonaro (PSC) é desaprovado por 52% e aprovado por 14%”.
Na lama
Se havia alguma chance para o PSDB chegar ao Planalto, em 2014, atualmente essa pretenção está na lama. Segundo a pesquisa Ipsos, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), assim como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estão entre os três políticos mais impopulares entre os eleitores.
Ainda que o PSDB ainda não tenha sido, ainda, atingido frontalmente pela Lava Jato, a descoberta de que seus principais nomes se beneficiaram dos esquemas da Odebrecht e de outras empreiteiras destruíram a imagem de seus três principais líderes. O senador Aécio Neves, presidente da legenda, o "Mineirinho" como é citado em delações premiadas, é desaprovado por 74% dos brasileiros.
Político mais delatado na Lava Jato, Neves já foi citado por receber propinas em Furnas e na Cidade Administrativa. Por receber dinheiro de caixa 2 nas eleições de 2014. E por pedir R$ 50 milhões, depositados em Cingapura, na conta do amigo Alexandre Accioly.
O senador José Serra (PSDB-SP), o "Careca", foi acusado de receber R$ 23 milhões na Suíça. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o "Santo", teria recebido recursos não declarados por meio do cunhado. Os dois devem ser também atingidos pelas delações de Adir Assad e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Ambos prometem denunciar os esquemas de arrecadação no Rodoanel.