Lula mantém popularidade mesmo após 'mensalão'

O Instituto Datafolha divulgou, no jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira, uma pesquisa feita em todo o país, para saber a avaliação do governo Luiz Inácio Lula da Silva, após denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) a respeito o pagamento de propina, o chamado mensalão, a deputados do PP e do PL para que votassem projetos de interesse do PT.

Através dos dados, foi possível concluir que o presidente recebe dos brasileiros, em uma escala de zero a dez, nota média 6,1. Para 10% ele merece a nota máxima, e, para 7%, nota zero.

Houve aumento de sete pontos percentuais acima da média, na avaliação ruim ou péssimo, dos entrevistados que disseram estar bem informados sobre o esquema do mensalão, e entre os que acreditavam que o PT pagava a propina, houve aumento de seis pontos percentuais acima da média.

Apesar o aumento, o levantamento mostrou que a popularidade de Lula se manteve, já que seu desempenho foi considerado ótimo ou bom por 36% dos entrevistados, regular por 44% e ruim ou péssimo por 19%. A avaliação variou pouco, desde a última pesquisa realizado no dia 1º de junho, pouco após a criação da CPI dos Correios. O desempenho ótimo ou bom foi avaliação de 35% dos brasileiros, regular de 45% e péssimo de 18%.

Eleição

Se Lula disputasse a eleição com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PMDB), ele teria 35% das intenções de voto contra 17% de FHC, ficando à frente de Anthony Garotinho, com 12%. Cesar Maia se manteve com 6% e Heloisa Helena oscilou de 3% para 5% das preferências.
 
Já com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Lula oscilou de 38% para 36%, enquanto que o governador se manteve empatado com Anthony Garotinho em 13%. Cesar Maia oscilou de 8% para 7% e Heloisa Helena de 3% para 5% das intenções de voto.

Com o governador mineiro, Aécio Neves, Lula permaneceria com 38% das intenções de voto, enquanto Aécio teria 11%. Para os outros candidatos, houve pouca variação.
 
O adversário mais forte de Lula continua sendo o prefeito de São Paulo, José Serra. Em relação à pesquisa anterior, a intenção de voto do petista passou de 36% para 33%, enquanto a preferência pelo peessedebista oscilou, dentro da margem de erro, de 26% para 27%.

Levando-se em consideração a margem de erro, de dois pontos percentuais, e a exclusão dos votos brancos e nulos, a pesquisa mostra que o petista teria hoje, no mínimo, 49%, sendo 53% o suficiente para vencer a reeleição no primeiro turno.

Se o segundo turno da eleição fosse disputado nesta sexta, o adversário mais difícil para Lula seria José Serra: 46% votariam em Lula, enquanto 40% optariam pelo peessedebista. A disputa mais fácil seria contra Cesar Maia: nesse caso, o petista, com 57%, bateria o pefelista, que teria 21%. Lula também sairia vitorioso, hoje, no confronto com Fernando Henrique Cardoso, 53% a 29%, Geraldo Alckmin, 54% a 28%, ou Aécio Neves, 57% a 23%.