O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira, do seminário Brasil-China: Comércio e Investimentos. Perspectivas para o Século XXI. Ele foi aplaudido por um auditório lotado de autoridades e empresários chineses e brasileiros, após um rápido pronunciamento.
- Chegou a hora de consolidar a união entre os dois países. Essa aliança servirá de paradigma para a cooperação entre nações -afirmou Lula lembrando que, historicamente, Brasil e China nunca tiveram contenciosos. Dois gigantes sem divergências estão livres para pensar o futuro e crescer em diversas áreas - completou o presidente.
O sucesso da viagem presidencial à China, inclusive, pode ser medido pela presença de empresários e autoridades em sua comitiva, que ficou maior nesta segunda-feira. Após cumprir agenda na Europa, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, integrou-se ao grupo que acompanha o presidente Lula em sua viagem. Ele acompanhará o presidente nas atividades programadas para Xangai e depois vai a Seul (Coréia) negociar com a Sansung a instalação de uma fábrica de produtos eletrônicos em Minas Gerais.
Lula abriu o Conselho Empresarial Brasil-China e participou de almoço com autoridades e empresários sino-brasileiros. Praticamente toda a comitiva presidencial participou do almoço, além de grandes empresários como Roger Agnelli, presidente da Vale do Rio Doce e Maurício Botelho, da Embraer, e os governadores Geraldo Alckmim, de São Paulo e Blairo Maggi, de Mato-Grosso, entre outros.
O presidente afirmou que os empresários chineses e brasileiros constituem o futuro das relações entre os dois países. O presidente afirmou que aposta num salto qualitativo nas relações bilaterais e defendeu que China e Brasil têm muito em comum, já que ambos fazem esforços para integrar suas economias em um mundo globalizado e se converter empaíses desenvolvidos, mas acompanhando o processo de justiça social.
Segundo Lula, os dois gigantes da Ásia e da América Latina têm uma relação política estável e um comércio bilateral que aumentou 63% no último ano. Ele assinalou outra vantagem para as relações bilaterais: a ausência de conflitos históricos a resolver.
- Brasil e China se encontram no início de um novo futuro. Vocês são o futuro - disse Lula. Cerca de 400 empresários brasileiros estão presentes na jornada do presidente à China e ele os agradeceu por terem viajado para dar um aspecto "mais humano, pessoal, de confiança", aos negócios.