O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o país atingiu a cifra de US$ 104 bilhões no comércio exterior, chegando a um superávit de US$ 37,6 bilhões. Segundo Lula, a boa notícia foi dada por telefone pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que estava ontem em São José do Rio Preto (SP). "São dados frescos, Palocci", disse o presidente ao ministro da Fazenda, na festa dos cinco anos do jornal Valor Econômico, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.
Para o presidente, esse é o resultado de uma política de comércio exterior mais "arrojada", diferente da que era feita anteriormente no Brasil. Lula ressaltou que a política proposta pelo governo está direcionada para uma maior diversificação nas relações comerciais, tornando mais "plurais" os parceiros, os vendedores e os compradores dos produtos brasileiros.
O presidente lembrou que, no primeiro debate que enfrentou na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com outros candidatos à presidência da República, afirmou que tinha vontade de criar uma secretaria de comércio exterior e de colocar no comando um mascate. "Alguém que colocasse os produtos do Brasil debaixo do braço e fosse bater palmas de porta em porta, para tentar convencer, como um mascate convencia nossas mães a comprar, há 35 ou 40 anos atrás", explicou.
Lula voltou a dizer que o Brasil tem um hoje um leque de opções para fazer comércio exterior, sem precisar ficar dependendo apenas dos Estados Unidos e da União Européia. Segundo o presidente, a definição de seu governo de correr mundo fez com que as opções do Brasil se alargassem.
"A nossa relação comercial com a África cresceu 48%. A nossa relação com o Oriente Médio cresceu 64% e a nossa relação com a América do Sul, 58%. Para crescer muito mais, basta acreditarmos que o mundo é maior que as relações costumeiras que estávamos habituados a fazer", afirmou Lula.
Lula destaca resultados de política de comércio exterior mais arrojada
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Segunda, 02 de Maio de 2005 às 18:26, por: CdB