- Queremos voltar a ser o destino preferencial dos empreendimentos japoneses. Nesta nova fase de nossa histórica asociação, queremos que o Japão veja o Brasil não apenas como fornecedor de matérias-primas, mas como um produtor eficiente de produtos de valor agregado - pediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos parlamentares do país, nesta quinta-feira. Lula discursou no Parlamento japonês.
O presidente brasileiro lembrou que os investimentos japoneses no Brasil se confundem com a própria história da industrialização e da modernização da economia brasileira, desde os anos 60. Lula citou, por exemplo, a soja, que hoje é um dos grandes destaques das nossas exportações e foi introduzida no Brasil com cooperação técnica japonesa. Disse que o emprego do etanol como aditivo da gasolina pode ser uma reedição dessa experiência.
Lula disse ainda que a parceria entre Japão e Brasil tem "vocação global" e foi aplaudido quando mencionou a necessidade de reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas:
- É natural que o Brasil e o Japão se apóiem mutuamente nesse processo inadiável de atualização das instituições das Nações Unidas às exigências do mundo contemporâneo.
O presidente também agradeceu, "do fundo do coração", as "medidas de apoio" que o Parlamento vem aprovando em relação aos brasileiros que vivem hoje no país, para que possam "beneficiar-se da mesma oportunidade de integrar-se à sociedade japonesa que os imigrantes japoneses tiveram no Brasil".
Depois da visita ao Parlamento, chamado de Dieta, Lula e os ministros, parlamentares e governadores que integram a comitiva dirigiram-se à residência oficial do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, onde o grupo manteve reunião de trabalho e participa de jantar oferecido em homenagem à visita brasileira.