Rio de Janeiro, 11 de Março de 2025

Lula: Brasil precisa distribuir renda para crescer

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Segunda, 03 de Abril de 2006 às 08:39, por: CdB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante o programa semanal de rádio Café com o Presidente, nesta segunda-feira, que o seu governo inverteu a lógica de que antes de distribuir a renda, é preciso crescer.

- Eu acho que, contrariando aqueles que diziam - e que dizem ainda - que é preciso crescer para distribuir, nós estamos provando que é possível distribuir para crescer. Nós invertemos. Nós invertemos. Ao invés de ficar esperando crescer para distribuir, nós estamos distribuindo para crescer - afirmou.

Lula citou o aumento do salário mínimo, concedido este mês por meio de medida provisória, e o programa Bolsa Família, de distribuição de renda, como exemplos de mecanismos que, além de promover a justiça social, provocam dinamismo à economia.

- É por isso que temos um forte programa na educação. É para garantir uma justa distribuição, porque isso vai fazer a economia crescer.

Pelos cálculos apresentados pelo presidente, o salário mínimo de R$ 350 vai injetar na economia brasileira aproximadamente R$ 15 bilhões.

- Isso vai dinamizar ainda mais o poder de compra dos trabalhadores, ainda mais o comércio.

Lula contou que o processo de negociação com o movimento sindical - a primeira desde 1964 - não foi difícil porque havia a compreensão, por parte dos sindicalistas dos ganhos proporcionados por esse aumento.

- O movimento sindical tem muito bom senso, está amadurecido e sabia que o aumento que nós estávamos propondo para os trabalhadores era o maior aumento real do salário mínimo dos últimos dez anos. Portanto, eles sabem que o aumento real de 13% e uma inflação de 4,5% é um aumento considerado muito bom - afirmou.

Imposto mais justo

Ainda no programa semanal Café com o Presidente, ele afirmou que a correção da tabela do imposto de renda em 8% representa um ganho a mais para o trabalhador. Ele afirmou que as duas correções, primeiro em 10% feita em 2005 e agora, em 8%, traz benefícios sobretudo para o trabalhador de classe média baixa.

- Pretendemos continuar fazendo as correções que forem necessárias para que possamos fazer com a política de imposto de renda, justiça social. Ou seja, cobrar mais de quem ganha mais e favorecer aquelas pessoas que ganham menos - declarou.

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