O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso durante a inauguração da terceira linha de produção de alumina, a matéria-prima do alumínio, da empresa Alunorte, no Pará, admitiu que não conseguirá fazer em seu governo tudo o que planejava. Lula reconheceu que quatro anos é pouco tempo e que não conseguirá fazer muitas das coisas que sonhava. "Estou convencido de que, em apenas quatro anos, não conseguiremos fazer as grandes coisas que sonhávamos", disse Lula."Mas estou convencido de que o alicerce será feito de tal forma que possamos construir vários andares a partir daí", acrescentou. O presidente falou da importância de o Congresso concentrar suas atenções na aprovação das reformas tributária e da Previdência. Segundo Lula, se as reformas tributária e da Previdenciária não forem feitas em breve, também não sairão em 2004 por causa das eleições. "Não temos muito tempo e não podemos pensar o Brasil a cada quatro anos", afirmou O presidente destacou que o país só vai mudar quando os políticos deixarem de se preoucpar apenas com seus mandatos. "O Brasil não é do Lula; o Lula é que é do Brasil", disse, acrescentando que, da mesma forma, "o Brasil não é do PT; o PT é que é do Brasil". Lula lembrou que, há mais de 20 anos, ouve falar em reforma tributária, mas que ela que ela nunca foi feita. "Não é o Lula que vai fazer as reformas, mas toda a sociedade", ressaltou o presidente. Lula ponderou que a reforma tributária que chegará ao Congresso não é a ideal, mas a possível para aprovação, sem sofrer mais adiamentos. O presidente também se comprometeu a visitar todas as regiões brasileiras para discutir os problemas do país. "Vamos nos reunir inicialmente com os governadores da região Norte; depois, com os do Nordeste; e assim sucessivamente", informou o presidente.
Lula admite que em 4 anos não conseguirá concluir tudo o que planejava
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Domingo, 06 de Abril de 2003 às 11:33, por: CdB