O grupo Gerdau teve lucro líquido de R$ 873,3 milhões no segundo trimestre, mais de três vezes o registrado um ano antes devido à melhora "substancial" das operações na América do Norte. O resultado também representa alta de mais de 100% comparado ao primeiro trimestre deste ano - quando o lucro da Gerdau foi de US$ 427,3 milhões - e supera com folga a previsão média de cinco analistas, que apontava para R$ 574 milhões.
Na manhã desta terça-feira, as ações da Gerdau avançavam 2,27%, para R$ 45. No mesmo horário, o índice Bovespa estava perto do zero a zero. A demanda aquecida pelo aço possibilitou a elevação de preços, com destaque para os praticados no hemisfério Norte. A receita líquida nos três meses encerrados em junho foi de R$ 5,3 bilhões, alta de 27% sobre o trimestre anterior.
O aumento das margens operacionais das exportações a partir do Brasil e dos negócios na América do Norte ajudaram a elevar a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Gerdau trimestre a trimestre, que passou de 21,2 para 32,4. A geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre, contra R$ 883,3 milhões no período anterior.
As vendas consolidadas foram de 3,1 milhões de toneladas no segundo trimestre, estáveis em relação ao primeiro trimestre. As operações no Brasil - concentradas na Gerdau Açominas - contribuíram com 53,6%, as da América do Norte com 42,6% e as empresas no Chile, Uruguai e na Argentina com o restante.
"As vendas para o mercado interno atingiram 1 milhão de toneladas e aumentaram 14,7 por cento no trimestre. Este crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo setor industrial, que vem apresentando um desempenho bastante positivo, especialmente nas áreas com boa capacidade de exportação, e também pela gradativa recuperação do setor da construção civil", informa a Gerdau em seu balanço.
No acumulado do primeiro semestre a siderúrgica teve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, alta de quase 137% sobre igual período de 2003.