Técnico da Itália, Marcello Lippi confessou estar orgulhoso por ter ajudado a revelar o meia Zinedine Zidane, na passagem de ambos pela equipe da Juventus, no fim da década de 1990. O astro é uma das esperanças da França para a final da Copa 2006, neste domingo, às 15h (de Brasília).
- Lembro-me de um rapaz humilde chegando à Juventus, carregando o grande peso do seu antecessor famoso, Michel Platini - contou Lippi, em entrevista ao jornal francês Le Monde, recordando do ano de estréia de Zidane no Campeonato Italiano, na temporada 1996/1997.
- É claro que todos fariam a comparação entre os desempenhos de Platini e de Zidane. No início, ele teve algumas dificuldades. Recordo-me que sempre procurei incentivá-lo, para ficar tranqüilo, jogar tudo aquilo que sabia. Eu dizia que se ele sempre jogasse bem, continuaria como titular, nunca ficaria no banco, porque todo grande jogador deve ser titular em um grande clube.
E mais uma vez Marcello Lippi reconheceu a importância de Zidane para a história do futebol atual.
- Estou feliz por tê-lo ajudado a exprimir as suas qualidades. Mas estou convencido de que ele fez mais por mim do que pude fazer por ele. Ele é o maior talento dos últimos vinte anos e estou honrado por ter sido seu treinador - comentou, também à publicação francesa.
Os italianos se classificaram para a final da Copa do Mundo depois de um empate por 0 a 0 com a Alemanha no tempo normal e de uma vitória por 2 a 0 nos últimos dois minutos do segundo tempo da prorrogação.
Já os franceses jogaram e venceram a seleção de Portugal, por 1 a 0, com gol de Zidane, em cobrança de um pênalti questionado por Luiz Felipe Scolari.