Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Light prevê fechar acordo com bancos na próxim semana

Arquivado em:
Sexta, 13 de Maio de 2005 às 11:30, por: CdB

A Light espera fechar na próxima semana um novo acordo com bancos credores relativo à dívida de 660 milhões de dólares. Segundo o diretor de relações institucionais e de investidores, Paulo Roberto Pinto, as instituições foram reduzidas de 17 para 12, após acordos de compra e venda de dívida da companhia.

- Estou otimista e se tudo correr bem fechamos na próxima semana - disse Paulo Roberto à Reuters nesta sexta-feira. Ele corre contra o tempo para não perder o prazo de 30 de junho, quando o BNDES encerra o programa de ajuda às distribuidoras de energia.

A Light já havia fechado acordo com os bancos no ano passado, mas um ajuste tarifário abaixo do previsto no contrato com os bancos obrigou o retorno à mesa de negociações.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é fundamental na reestruturação da dívida da Light, segundo o executivo, já que virá da instituição o único dinheiro novo para a empresa, um financiamento de 727 milhões de reais.

A controladora da Light, a francesa Electicité de France (EDF), que está se desfazendo de vários ativos no mundo, confirmou que vai converter uma antiga dívida de 400 milhões de dólares em capital, informou o diretor. Ele garantiu também que a venda dos ativos brasileiros não está nos planos da empresa francesa.

- Não há planos de venda (da EDF) no Brasil - afirmou.

Fechada toda a operação, a dívida total da Light cairá de 1,5 bilhão de dólares para 1,3 bilhão de dólares, esclareceu Paulo Roberto, referente ao empréstimo do BNDES, o alongamento da dívida com os bancos e mais dívidas com o governo. Após fechar a operação, será iniciada a segunda etapa da reestruturação da principal distribuidora de energia do Rio de Janeiro.

- Fechando a negociação, entrando os recursos do BNDES e com a tarifa nova que teremos em novembro a gente consegue se equilibrar - avaliou.

Para atender as condições do BNDES, a Light terá que entrar no Novo Mercado da Bovespa e adotar regras de governança corporativa, ressaltou Paulo Roberto.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo