Os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados fecharam um acordo nesta quarta-feira de procedimentos para que as votações sejam retomadas no dia 9 de novembro. No dia 8 eles se reúnem para definir o encaminhamento da pauta de votações, trancada por 21 medidas provisórias, o que impossibilita a apreciação de projetos de lei.
Desde a semana passada, o PFL, PSDB, PMDB e PPS anunciaram a obstrução partidária, o que inviabilizou as votações das MPs e esvaziou a Câmara.
- Avançamos na possibilidade de um acordo para que possamos votar as medidas provisórias no início de novembro - disse o presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP).
Uma das mais polêmicas MPs é a que confere status de ministro ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), "não há nenhuma possibilidade" de que o texto da MP seja modificado.
- O texto tem que ser este. Nós vamos ter opiniões a favor e contra, mas o governo tem tranqüilidade de que a maioria vai aprovar - destacou.
João Paulo Cunha havia insistido na convocação de sessões com votações para esta semana com ameaça de corte do ponto dos parlamentares ausentes, mas a estratégia não funcionou e nenhuma votação foi realizada.