Boulos também afirma que é preciso saber "estar do lado certo da história"; e diz que é inadmissível que o Poder Judiciário queira definir as eleições no 'tapetão'. O líder sem-teto defende a presença da esquerda em Porto Alegre, dia 24, durante o julgamento de Lula.
Por Redação - de São Paulo
Possível candidato do PSOL à Presidência da República, em 2018, o cientista social Guilherme Boulos afirmou; em vídeo distribuído nesta segunda-feira, nas rede sociais, que a esquerda precisa ter unidade em questões importantes como a defesa da democracia. Refere-se ao direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; de ser candidato à Presidência em 2018. Mais do que isso, ele também convoca a população a Porto Alegre no dia 24 de janeiro.
— É preciso ocupar as ruas – e é nelas que estaremos — promete.
Boulos também afirma que é preciso saber "estar do lado certo da história"; e diz que é inadmissível que o Poder Judiciário queira definir as eleições no tapetão.
Nível internacional
Ainda nesta segunda-feira, o ex-chanceler Celso Amorim disse, em entrevista ao jornal argentino Página 12, que a democracia, no Brasil, corre risco. Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar as eleições; em decorrência do julgamento pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV), no próximo dia 24, o "evento terá graves consequências no Brasil. Lula foi condenado no processo do tríplex do Guarujá. Caso a sentença seja confirmada, Amorim calcula que haverá consequências, possivelmente; além de nossas fronteiras. "Seria uma forma de agressão contra a democracia na América Latina”, afirmou.
— Se o TRF-IV deixar Lula fora da disputa, o Brasil enviará outro sinal negativo; o Brasil tem um peso indubitável que tem repercussões. Para o bem ou o mal, nos países vizinhos. Eu não quero fazer simplificações simplistas, mas acho que Moro e outros magistrados estão usando suas posições para perseguir líderes progressistas, eu entendo que isso também acontece na Argentina— disse Amorim.
Arbitrariedade
O ex-chanceler ressalta que "o procurador encarregado do caso Lava Jato, Deltan Dallagnol, sem provas, acusou Lula com base em 'condenações". Mais tarde, o juiz Moro elaborou uma frase igualmente frágil do ponto de vista jurídico; uma vez que admite falta de provas relacionadas com Lula com a compra do apartamento que seria produto de uma manobra fraudulenta.
No resto do mundo eles estão entendendo que esse processo está atormentado pela arbitrariedade; que foi instrumentado para evitar que as pessoas escolhessem; livremente, seu presidente nas eleições de outubro.
— O que está em jogo é a democracia, no Brasil, o golpe militar clássico dos anos 70 foi substituído por um golpe de mídia judicial— concluiu.