Líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC) assumiu a tribuna para rebater nota do presidente do PSDB, José Serra, divulgada nesta quinta-feira, na qual afirma que o subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, envolvido em uma trama para desestabilizar o governo, não trabalhou com ele em sua gestão no Ministério da Saúde, além do período em que integrou o grupo para apurar reclamações de usuários do SUS.
Ela salientou que o PSDB esqueceu de se referir a uma portaria, de número 529, de 30 de abril de 1999, antes do período citado por Serra, na qual Santoro foi designado para trabalhar no Ministério.
- Pode ter sido só um esquecimento em não citar a portaria - afirmou Salvatti, mas reforçou a tese de que PSDB deveria promover a devida correção na nota intitulada "Em busca da Verdade".
Ela recorreu ao discurso do senador José Sarney, em março de 2002, quando citou textos de jornais que faziam a conexão de Serra com Santoro.
- É uma peça preciosa que pode esclarecer as questões vivenciadas hoje - disse. Ela lembrou que no discurso de Sarney, Serra teria dossiês contra seus colegas tucanos, Paulo Renato e Tasso Jereissati. Ambos pretendiam disputar a Presidência da República.