Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Libertado político iraquiano de nacionalidade sueca

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Sexta, 18 de Março de 2005 às 13:56, por: CdB

Um político cristão de origem iraquiana e com cidadania sueca, sequestrado em Bagdá em janeiro, foi libertado nesta sexta-feira, disseram autoridades da Suécia.

Minas Al Yousifi, de 60 anos, líder dos Democratas Cristãos do Iraque, que havia voltado do exílio na Suécia para fundar novamente o partido dois anos atrás, foi sequestrado pelo Batalhão Iraquiano da Vingança, um braço da Brigada do Mártir al-Isawi.

Os sequestradores prometeram decapitar o refém se não recebessem um resgate de 4 milhões de dólares e se as forças norte-americanas não se retirassem do Iraque. Os criminosos, mais tarde, reduziram o valor do resgate para 400 mil dólares, mas não ficou claro se a família de Yousifi, que vive na Suécia, havia entregado o dinheiro.

- A família disse à polícia (da Suécia) que o pai deles está livre e que ele concederá uma entrevista coletiva no Iraque, amanhã - afirmou Karl-Erik Karlsson, porta-voz das forças de segurança.

Yousifi gravou um depoimento em vídeo pedindo para ser libertado e conclamando o rei sueco Carl 7o Gustaf e o papa João Paulo 2o a ajudá-lo.

A família dele e o político sueco Goran Hagglund, do bloco cristão-democrata, disseram que o governo do país europeu e os meios de comunicação dali haviam adotado uma postura de relativa indiferença em relação ao caso porque o refém não era um sueco nativo.

- Se o nome dele fosse 'Kalle Svensson', ele estaria na primeira página de vários jornais suecos hoje - afirmou Hagglund na sexta-feira.

Hagglund e outros políticos do país realizaram manifestações junto com a família de Yousifi exigindo a libertação dele.

Yousifi pediu asilo na Suécia 20 anos atrás depois de escapar do regime repressivo comandado pelo ditador Saddam Hussein. Ele e a família dele integram uma comunidade de 60 mil iraquianos que vivem atualmente no país europeu.

Os cristãos representam cerca de 3%dos 27 milhões de iraquianos. Várias igrejas foram atacadas durante a atual insurgência contra o governo patrocinado pelos EUA.

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