Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Lava Jato: André Vargas é condenado a quatro anos e meio de prisão

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Quinta, 06 de Abril de 2017 às 10:16, por: CdB

André Vargas, que exercia mandato pelo PT paranaense, foi cassado em 2014 pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo

Por Redação, com ABr - de Brasília:

O ex-deputado federal André Vargas foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro. A sentença foi publicada nesta quinta-feira pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos em primeira instância da Operação Lava Jato. É a segunda condenação de Vargas dentro da operação.

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O ex-deputado federal André Vargas

Também foi estipulada multa equivalente a R$ 492,5 mil a ser paga por Vargas. O ex-deputado também está impedido de assumir cargo ou função pública. Pelo dobro do tempo da pena, ou seja, nove anos. Vargas está preso desde abril do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou André Vargas pela aquisição de um imóvel em Londrina, no norte do Paraná, com recursos criminosos recebidos através de propina. Segundo os procuradores, o ex-deputado recebeu auxílio do irmão, Leon Vargas, e da esposa, Eidilaira Soares Gomes, para comprar a residência.

Denúncia

Moro julgou parcialmente procedente a denúncia do MPF. Eidilaira foi absolvida por falta de provas, enquanto André e Leon foram condenados. O irmão do ex-deputado foi sentenciado a três anos de prisão e ao pagamento de multa de R$ 15,7 mil.

André Vargas, que exercia mandato pelo PT paranaense, foi cassado em 2014 pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.

João Santana e Mônica Moura

O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O anúncio foi feito na terça-feira pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, durante o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma nas eleições de 2010 e 2014.

Apesar de estar em sigilo, a informação foi anunciada para justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em que o PSDB pede a cassação da chapa.

– Se afigura não menos importante que se inquiram também o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André Santana (auxiliar do casal). Digo isso, diante da recentíssima notícia de que as pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República. Acordo este que se encontra submetido ao Supremo Tribunal Federal – disse Dino.

Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato. Em fevereiro do ano passado por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões. E ficarem proibidos atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso.

Durante as investigações. Em depoimento ao juiz, Mônica Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal. Informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça.

Dívida

Segundo Mônica, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha da presidenta Dilma Rousseff, em 2010. A empresa do casal fez o trabalho de marketing político da campanha.

Após o depoimento, o PT declarou que todas as “operações do partido foram feitas dentro de legalidade”. O partido também ressaltou que as contas de campanha eleitoral de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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