O ciclista norte-americano Floyd Landis considera que a União Ciclista Internacional (UCI) vulnerou seus direitos, já que, segundo ele, soube pela imprensa do resultado positivo da prova B de urina.
O exame antidoping de Landis que deu positivo foi feito no dia 20 de julho, ao término da 17º etapa da Volta da França, que foi determinante em sua vitória na competição.
- Soube dos resultados da mostra B ao ler os jornais", afirmou o ex-ciclista da Phonak ao jornal norte-americano USA Today.
Landis se queixa do tratamento recebido em comparação com outros atletas:
- Enquanto no atletismo o doping de Justin Gatlin foi mantido em segredo durante três meses, eu só tive dois dias para reagir.
- Pat McQuaid, presidente da UCI, disse que devia divulgar meus resultados antes que o laboratório vazasse a informação para a imprensa.
Landis reconhece que seu maior erro foi se defender na imprensa, já que, desse modo dava a impressão de que a cada dia tinha uma nova desculpa para explicar a taxa anormal de testosterona encontrada no exame antidoping.
- Isto jamais ocorreria se a UCI e a AMA (Agência Mundial Antidoping) tivessem seguido suas próprias regras.
Landis insiste em defender sua inocência:
- Fiz mais de 20.000 quilômetros de treinos para o Tour. Ganhei a Volta da Califórnia, a Paris-Nice e a Volta da Geórgia.
- Fiz oito exames durante o Tour de France, quatro vezes antes desta etapa e três depois. Nenhuma pessoa normal tomaria testosterona para um dia apenas. Isto não funciona assim - acrescentou.