Lampadário da Lapa é reinaugurado

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Publicado quinta-feira, 19 de janeiro de 2006 as 11:48, por: CdB

O governo do estado, por intermédio da Secretaria de Cultura e do Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), reinaugurou na noite desta quarta-feira o Lampadário da Lapa, monumento restaurado com patrocínio da Petrobras. A cerimônia contou a presença do secretário de Cultura, Arnaldo Niskier, do cônsul de Portugal no Rio, Antonio de Almeida Lima, e de representantes da Petrobras e da direção do Inepac. O Grupo de Tambores da Escola de Música Villa-Lobos apresentou evoluções.

O lampadário é de autoria de Rodolfo Bernardelli e foi executado por encomenda do prefeito Pereira Passos no início do século passado para marcar a abertura da Avenida Mem de Sá, como parte de novo eixo para ligar o Centro à Zona Norte do Rio. Inaugurado em 1906, compõe-se de uma coluna executada em granito e bronze, com elementos alusivos aos descobrimentos marítimos portugueses. Depois de totalmente desmontado, as peças de bronze foram restauradas, os lampiões (que estavam desaparecidos) recolocados e recuperada a coluna em granito, que estava pichada. Também houve a colocação dos anéis na ordem correta, já que eles haviam sido remontados anteriormente fora da ordem original. No final, o monumento foi novamente remontado.

A restauração do Lampadário da Lapa integra o patrocínio da Petrobras ao projeto Distrito Cultural da Lapa, que inclui a recuperação da fachada e da cobertura da sede do MIS (Museu da Imagem e do Som), a informatização do acervo de partituras do MIS e a recuperação da sede da Federação de Blocos Afros e Afoxés do Estado do Rio de Janeiro e da Casa Brasil-Nigéria/Instituto Palmares. O Distrito Cultural da Lapa, criado por decreto pelo governo do estado, estende-se do Largo da Lapa até o final da Rua do Lavradio, englobando a Avenida Mem de Sá, Rua do Riachuelo, Avenida Gomes Freire, Largo da Lapa, Rua do Lavradio, Rua dos Arcos, Rua Joaquim Silva, Travessa do Mosqueira, Rua do Resende, Rua da Relação e Rua Visconde de Maranguape.

A legislação prevê que os imóveis de propriedade estadual, “não afetados ao uso comum do povo ou ao uso especial e alocados ao Poder Público Estadual ou pertencentes a entidades vinculadas”, sejam destinados “a atividades culturais e outras correlatas”. O projeto propõe a requalificação do bairro através de um programa de desenvolvimento sócio-econômico, que recupere o patrimônio imobiliário público, treine mão-de-obra, implante serviços essenciais para a comunidade local, destine espaços para atividades artísticas e culturais e invista no turismo. Isto pressupõe uma composição entre o poder público, a iniciativa privada, a comunidade acadêmica e a sociedade civil.