Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Lagoas da Barra e Jacarepaguá começam a ficar mais limpas

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Sábado, 30 de Dezembro de 2006 às 09:49, por: CdB

A partir desta sexta-feira, serão menos 900 litros por segundo de esgotos que deixam de ir para as lagoas e canais da Barra e de Jacarepaguá. Essa quantidade de material será despejada em alto mar, a cinco quilômetros da praia, graças à inauguração da primeira fase do Programa de Saneamento da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. O programa é realizado pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.

O programa de saneamento, orçado em mais de R$ 500 milhões, está sendo executado com somente recursos próprios do Estado e já tem 70% da segunda fase concluído. Por último, será feita a etapa da implantação do saneamento no Recreio.

Os emissários terrestre e submarino e a ETE da Barra entrarão em operação, junto com cinco estações elevatórias e 200 quilômetros de rede coletora implantada, beneficiando cercac de 700 mil habitantes. As obras custaram até agora R$ 320 milhões.

Nesta primeira fase, os esgotos captados em parte da região serão enviados à elevatória de Jacarepaguá onde serão retirados os resíduos sólidos, em tratamento preliminar. Depois, o esgoto chegará à estação de tratamento, de onde será bombeada para o mar, através dos emissários.

Segundo o diretor-presidente da Cedae, Lutero de Castro, esta obra é uma das maiores já realizadas no Brasil.

- A Barra da Tijuca estava esquecida, mas o então governador Anthony Garotinho lançou a pedra fundamental e a governadora Rosinha continuou com este projeto de grande envergadura. Implantamos mais de 200 quilômetros da rede de esgoto - destacou Lutero.

Nesta primeira fase, o sistema despejará no mar uma média de 900 litros de esgotos por segundo (ou 77.760.000 litros/dia), o que efetivamente dará início à despoluição das lagoas, rios e canais da Baixada de Jacarepaguá. Os esgotos captados virão inicialmente dos seguintes bairros e localidades: Anil, Cidade de Deus, Freguesia (parte), Gardênia Azul, Novo Leblon, Rio das Pedras, Santa Mônica, Taquara (parte) e Vila Pan-Americana.

As estações elevatórias de Jacarepaguá, Jardim Clarice, Rio das Pedras e Santa Mônica farão o bombeamento dos esgotos pelas linhas de recalque até a ETE Barra, de onde serão impulsionados pelos conjuntos motor-bombas de 550 cavalos-vapor (cada um) da estação elevatória final - quatro para operação rotineira e um de reserva - para a chaminé de equilíbrio da estação de tratamento.

O esgoto tratado preliminarmente - sem os resíduos sólidos - será enviado da ETE para os emissários terrestre e submarino, por onde chegará ao mar.

A primeira fase integra um sistema completo de esgotamento sanitário na região que vai atender 1,5 milhão habitantes da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes. A previsão é que se invistam cerca de R$ 200 milhões na complementação do projeto até 2008.

A ETE Barra foi projetada para dar vazão a 5.300 litros de esgotos/segundo (ou 457.920.000 litros/dia) nos próximos 15 anos. A atual demanda, de 900 litros/segundo tratados preliminarmente, vai até julho, quando deverão estar instalados e testados os equipamentos de tratamento primário (desarenação e secagem de lodos), o que corresponde à segunda fase do programa, já em execução. Isso elevará a capacidade da ETE para despejar no mar até 2.800 litros de esgoto por segundo (ou 241.920.000 litros/dia).

O tratamento empregado (preliminar e primário) é completado pelo emissário submarino - um sistema de disposição oceânica a longa distância e à profundidade correta, qualificado comprovadamente como tratamento seguro de esgotos, como ocorre com o emissário submarino de Ipanema, na Zona Sul do Rio, e mais de 150 outros em todos os continentes.

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