Ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Koehler afirmou neste domingo que estava planejando ficar na direção da instituição até que recebeu uma oferta irrecusável -- ser o candidato à presidência da Alemanha.
Tentando explicar porque ele deixou um dos postos mais importantes da economia mundial, o de diretor-gerente do FMI, em Washington, para concorrer a um posto mais cerimonial, Koehler declarou em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel que se sentiu honrado e que não poderia recusar.
- Estive estava bastante ocupado no FMI. Estive envolvido com a extensão do meu contrato no FMI até maio de 2005. Depois me perguntaram se eu estaria disponível para as eleições presidenciais. É uma honra e um desafio que não poderia negar -, Koehler, 61, afirmou, quando questionado sobre porque ele sabia tão pouco sobre a confusa batalha política que dividiu a oposição conservadora alemã na sua tentativa de encontrar um candidato para suceder o presidente Johannes Rau.
Pouco conhecido
Koehler, que é pouco conhecido na Alemanha, não parece preocupado em ser a segunda opção do partido conservador Democrata Cristão (CDU).
- Eu não me vejo como instrumento para a mudança no poder. A oposição evidentemente teve muitos problemas em concordar com minha candidatura. Eu não irei pressionar para uma mudança no poder (na chancelaria). Esta não é minha motivação. Acredito que minha visão internacional poderá ser boa para o pais. A Alemanha tornou-se introspectiva. Estou preocupado com a perda da sua prosperidade, assim como sua influência - afirmou ele à revista Der Spiegel.
Koehler disse que gastará os dois meses e meio, até a eleição em 23 de maio, para se familiarizar com o país.
O jornal Bild referiu-se à candidatura dele questionando na manchete. "Horst quem?"
- Quero ouvir o quê as pessoas têm a dizer e descobrir onde os problemas estão'', acrescentou Koehler, que como presidente poderá ganhar 240 mil euros por ano -- de acordo com a mídia alemã, 60 mil euros a menos do que seu salário no FMI.