Os 15 pernambucanos acusados de vender um dos rins a uma quadrilha internacional de tráfico de órgãos, em 2003, foram inocentados pela Justiça Federal. Eles aguardavam o julgamento do processo em liberdade. Já os aliciadores, o capitão reformado da Polícia Militar de Pernambuco, Ivan Bonifácio, e os israelenses Gedálya Tauber e Eliezer Ramon continuam presos.
A juíza Amanda Lucena aceitou a justificativa do Ministério Público Federal de que os réus, todos moradores da periferia da capital, concordaram com a proposta de comercializar um dos órgãos porque passavam por dificuldades financeiras e não tinham consciência das implicações jurídicas nem das complicações que poderiam decorrer das cirurgias, realizadas em um hospital de Durban, na África do Sul. Os órgãos eram para beneficiar receptores europeus e sul-africanos.
A advogada do grupo, Conceição Jansen, informou que alguns doadores ficaram com seqüelas e não conseguem emprego porque, além disso, são apontados na rua como traficantes. O esquema, descoberto pela Polícia Federal em dezembro de 2003, movimentou cerca de US$ 4,5 milhões, em um ano, com a venda de 30 rins.
Justiça absolve pernambucanos que venderam rim
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Sexta, 08 de Outubro de 2004 às 08:24, por: CdB