O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA este ano subiu para 7,34%, sobre 7,31% na pesquisa anterior
Por Redação - de Brasília
Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central aumentaram suas projeções para inflação este ano e no próximo e passaram a ver menor corte da taxa básica de juros em 2017, em meio à persistente alta de preços sobretudo dos alimentos.
Pesquisa Focus do BC também mostrou que o Top 5 — grupo que mais acerta as previsões — voltou a ver que a autoridade monetária vai reduzir a Selic, hoje a 14,25%, neste ano.
O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA este ano subiu para 7,34%, sobre 7,31% na pesquisa anterior, estourando ainda mais a meta do governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Para 2017, as expectativas sobre o IPCA subiram pela primeira vez após dez semanas, para 5,14%, frente a 5,12% do Focus anterior.
Apesar de recentemente ter perdido um pouco da força, os preços dos alimentos continuavam colocando pressão sobre a inflação. O IPCA-15, prévia do indicador oficial, mostrou alta próxima de 9% em 12 meses acumulados até agosto. Para a Selic, segundo o Focus, a projeção para o fim de 2017 subiu a 11,25%, sobre 11% na semana anterior, o primeiro movimento de alta após oito semanas de estabilidade.
A estimativa para a taxa básica de juros ao final deste ano foi mantida em 13,75%. O Top 5, por sua vez, voltou a ver a Selic no fim deste ano a 13,75%, após indicar na semana passada que não haveria corte do juros básico até o fim do ano. Para 2017, a projeção permaneceu em 11,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne esta semana para definir o rumo da Selic e a expectativa é que seja mantida nos atuais 14,25%.
O Focus mostrou ainda que a expectativa dos economistas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 3,16%, sobre 3,20% na semana anterior. Para 2017, a expansão esperada era de 1,23%, ante 1,20% na semana passada. Houve forte queda nas projeções de expansão da produção industrial de 2017, que passou a 0,50%, sobre 1,05%.
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