Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Juros altos dificultam vida de empresas de capital aberto, diz associação

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Terça, 14 de Dezembro de 2004 às 18:00, por: CdB

O elevado custo de manutenção das empresas no Brasil explica o saldo ainda negativo entre companhias que abrem o capital e as que fecham, avaliou hoje o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Alfried Plöger. Este ano, 37 companhias fecharam o capital no país, contra 8 que abriram. Segundo inormou à Agência Brasil o superintendente Geral da Abrasca, Eduardo Lucano da Ponte, esse custo é variável. Hoje, para se manter funcionando, uma empresa tem custo que vai do mínimo de R$ 300 mil ao ano até milhões de reais.

Alfried Plöger acrescentou que outro fator que contribui para o número de fechamentos de capital é a falta de liquidez no mercado. "Com os juros nos patamares em que estão - esta é uma lei de mercado -, o investidor procura renda fixa. E nós estamos hoje aqui no Brasil com 95% dos investimentos em papéis em renda fixa e só 3% a 4% na renda variável". O presidente da Abrasca manifestou sua preocupação, nesse sentido, com a alta da taxa básica de juros Selic, embora a taxa de inflação esteja estática, "graças a Deus". "Mas esse diferencial faz com que o investidor procure papéis de alta rentabilidade e baixo risco", observou.

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