A última terça-feira começou tensa no Corinthians. O técnico Juninho se reuniu com membros da diretoria no início da manhã. Em pauta, o futuro do comandante, que ainda não conseguiu convencer o diretor-técnico Roberto Rivellino. Mesmo contestado, o treinador conseguiu se manter no cargo.
- Essa reunião já estava programada desde a semana passada. É um problema nosso do dia-a-dia. O Juninho é o treinador. Isso aí o tempo dirá, o trabalho dele dirá. De repente, começa a jogar bem, apresentar um bom futebol e tudo muda. Isso pode acontecer já no clássico de domingo - disse Rivellino.
O diretor deixou claro que o trabalho do treinador não está lhe agradando. Apesar de garantir a permanência do treinador, o diretor reconheceu que a situação de Juninho é complicada.
- Você sabe que o técnico vive de resultados. E o time não anda bem. Isso é responsabilidade da comissão técnica e do treinador, e eu tenho que cobrar. Não só eu, mas o torcedor e as pessoas ligadas ao clube não estão satisfeitas.
Questionado sobre a possibilidade de pedir demissão, o treinador foi objetivo.
- Não (vou me demitir). Eu tenho contrato até o final do ano e estou trabalhando. Julgo que estamos passando por um problema peculiar ao futebol, que é o início de temporada - avaliou.
Em quatro partidas no Campeonato Paulista, o Corinthians conseguiu apenas uma vitória e ocupa a quinta posição no Grupo 1, cinco pontos atrás do líder São Paulo.
Em caso de um novo mau resultado no clássico contra o São Paulo, a saída de Juninho é considerada certa no Parque São Jorge.
Juninho é pressionado no Corinthians
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Quarta, 11 de Fevereiro de 2004 às 01:31, por: CdB