O curdo Rauf Abdelrahman, magistrado que preside o tribunal especial que julga Saddam Hussein, anunciou, nesta quarta-feira, que o julgamento do ex-ditador será retomado na próxima segunda-feira.
Saddam e sete de seus mais próximos colaboradores são acusados de estarem envolvidos na execução de pelo menos 148 xiitas em 1983, após serem submetidos a um julgamento sumário no qual foram considerados culpados de ter participado de uma tentativa de assassinato do ex-ditador na localidade de Dujail.
Na sessão desta quarta-feira, a 26ª do processo, estiveram presentes os oito acusados, que assistiram às declarações de várias testemunhas da defesa que falaram atrás de uma cortina e utilizando um aparelho para distorcer a voz.
Em um momento da sessão, Barzan Al-Tikriti, meio-irmão de Saddam, com a autorização do juiz, perguntou a uma das testemunhas se ele próprio havia liberado tanto o interrogado como outros detidos após os acontecimentos em Dujail, o que a testemunha respondeu afirmativamente.
A perguntas de um advogado da defesa, outra testemunha assegurou que ele não lembrava de que os cultivos de Dujail tenham sido destruídos após o fracassado atentado, delito que a promotoria imputa aos sete colaboradores de Saddam.
Se os acusados forem considerados culpados, podem ser condenados à prisão perpétua.