Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Juiz colombiano condena chefes paramilitares a 40 anos de prisão

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Sexta, 25 de Abril de 2003 às 15:04, por: CdB

Um juiz condenou nesta sexta-feira, os máximos chefes paramilitares da Colômbia Carlos Castaño e Salvatore Mancuso à pena máxima do país, 40 anos de prisão, por um massacre ocorrido em 1997, informaram fontes judiciais. O juiz considerou que os dois chefes das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), de ultradireita, assassinaram 15 camponeses do município de Ituango, em Antioquia, no noroeste. Segundo o juiz, Castaño e Mancuso foram os "autores intelectuais" desse crime, depois de uma incursão de 150 de seus homens no povoado de El Aro que cometeram o massacre. Os chefes paramilitares, segundo a sentença, foram condenados, à revelia, como responsáveis pelos crimes de "homicídio com agravante, roubo qualificado e formação de quadrilha". Os paramilitares, além disso, "expulsaram" as mulheres, as crianças e os idosos do pequeno casario, assaltaram vários estabelecimentos comerciais, roubaram 800 cabeças de gado e incendiaram grande parte do povoado, segundo a sentença. Sob as mesmas acusações, também foi condenado a 33 anos de prisão Francisco Enrique Villaba, único participante do massacre detido por esse caso. Castaño e Mancuso estão foragidos da Justiça colombiana e foram solicitados em extradição por autoridades dos EUA há poucos meses, acusados de narcotráfico. Os Estados Unidos e a União Européia incluíram as AUC, junto com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), nas listas de organizações terroristas.

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