O brasileiro dominou toda a decisão pela medalha, vencendo com dois wasaris. Na primeira luta da repescagem, Guilheiro, paulista atleta do São Paulo treinado por Rogério Sampaio, derrotou o israelense Yoel Razvozov.
O brasileiro havia vencido três lutas até ser derrotado pelo francês Daniel Hernandes, atual vice-campeão mundial, e não ter mais chances de ouro. Seu único tropeço. O resultado do confronto chegou a ser vaiado por conta das insistentes tentativas do francês de fugir do embate. A pontuação do rival veio em sua maioria por meio de punições contra o brasileiro, acusado pela arbitragem de falta de combatividade. O público viu o contrário.
Antes, o paulista havia superadoo polonês Krzysztof Wilkomirski de virada em uma luta muito disputada. O brasileiro chegou a ficar em desvantagem de um yuko e um koka no início do luta, mas com um bom golpe que lhe valeu um wazari virou a disputa. No fim, Guilheiro ainda conseguiu mais um yuko para vencer com mais folga.
Na segunda luta, Guilheiro bateu o haitiano Ernst Laraque por ippon em sua luta mais fácil.
Na primeira rodada, ele derrotou o espanhol (isso mesmo) Kiyhosi Uematsu, no tempo extra, por yuko, a 3min22s do fim. Durante os cinco minutos regulamentares, os dois haviam empatado, cada um com um yoka, por punição.
O judoca é atual campeão junior da categoria e era apontado por Aurélio Miguel e Rogério Sampaio como uma possível supresa. E foi. Das mais agradáveis. Desde os Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984 que o judô brasileiro sempre traz medalha ao País.