Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 2025

Johnson escala antipatia de Trump e Hillary para ganhar pontos na pesquisa

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Quarta, 19 de Outubro de 2016 às 13:46, por: CdB

O libertário Gary Johnson não poupa críticas aos adversários à frente. Ele disse que Donald Trump está errado quando afirma que a eleição é "manipulada”, como denunciou o republicano, na noite passada

 
Por Redação, com agências internacionais - de Washington
  Segundo uma sondagem do diário norte-americano The Washington Post e da rede de TV ABC News, o candidato norte-americano à Presidência da República Gary Johnson (Partido Libertário) conta com 7% das intenções de voto para as eleições de 8 de novembro. É mais do que imaginavam os analistas políticos daquele país, no início da campanha eleitoral. Com suas propostas inusitadas, Johnson ganhou a dianteira na disputa com o rival do Partido Verde, Jill Stein, que reúne 2% dos votos. Segue em terceiro lugar atrás, obviamente, no encalço de Donald Trump e Hillary Clinton.
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Johnson é empresário que enriqueceu com a venda de maconha, no Estado do Novo México
O libertário Gary Johnson não poupa críticas aos adversários à frente. Ele disse que Donald Trump está errado quando afirma que a eleição é "manipulada”, como denunciou o republicano, na noite passada. — Não, as eleições não são manipuladas ... por que ele continua a dizer estas coisas dia após dia? Eu não tenho idéia — disse Johnson à jornalista da rede norte-americana de TV CNN Dana Bash. Ele participou, nesta quarta-feira, do programa jornalístico durante evento, em Las Vegas, no Estado norte-americano de Nevada. Johnson também saiu em defesa das mulheres que denunciaram assédio sexual por parte do candidato republicano. Trump negou todas as alegações. Tem sugerido que elas estão vindo à tona agora em uma campanha para inviabilizar a sua candidatura. — Acredito que os comentários (de Trump) foram mais do que inadequados — disse Johnson. Referia-se às recém-publicadas gravações de 2005, em que Trump descreve seu comportamento sexualmente agressivo. "E ele faz esses comentários e diz: 'Nossa, isso é conversa de vestiário’. São nove mulheres a lhe denunciar. Isso vai além do que conversa de vestiário. Essa é a realidade”, acrescentou.

Candidatura popular

Johnson, um empresário que enriqueceu com a venda de maconha no Estado do Novo México, onde a comercialização da erva é livre, vem ganhando terreno desde o início da campanha. Ele cresce na esteira do fato que ambos os candidatos dos principais partidos nestas eleições são extraordinariamente impopulares. Os jovens, em particular, estão desanimados com Trump e Clinton. Segundo a pesquisa, entre 15% e 44% da geração do milênio planejam votar em candidatos de um terceiro partido. De acordo com o estudo, esses jovens eleitores estão insatisfeitos e decidiram votar nos partidos Libertário e Verde. há cerca de três semanas, no entanto, Johnson deixou seus eleitores espantados ao admitir que não sabia onde era Allepo. A cidade tem sido bombardeada por caças norte-americanos. Ao perceber a hesitação, o comentarista que conversava com foi adiante e pediu que ele indicasse um líder que ele respeitasse: — (Pode ser) de qualquer lado. De qualquer continente. Canadá, México, Europa, Ásia, América do Sul, África. Um líder qualquer que respeite.

‘Fox, obrigado!’

O candidato à presidência dos Estados Unidos volta a hesitar. Tenta lembrar-se de um nome. Um nome qualquer. Qualquer líder, seja ele quem for e de onde for. Mas nada lhe ocorre. Sem ter mais argumentos, admitie. — Acho que estou em outro ‘momento Allepo’, em relação ao nome do antigo Presidente do México — desculpou-se. Ainda assim, teve mais uma oportunidade, a última: — Pode ser um líder qualquer, de qualquer lugar do mundo — diz o jornalista Chris Matthews. Mas Gary Johnson limita-se a repetir: — O antigo Presidente do México… — Mas qual deles? — Não sei. Acho que estou tendo ‘um branco’… Bill Weld, ex-governador do Estado norte-americano do Massachusetts, também convidado a participar no programa, intervém finalmente. Saiu na tentativa de ajudar o candidato libertário. Um a um, Weld vai dizendo os nomes dos presidentes do México, até chegar ao nome de Fox, Vicente Fox Quesadas, presidente do país entre 2000 e 2006. — Fox! Obrigado! — exclama Johnson, aliviado. Mas o pior já havia acontecido.
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