O libertário Gary Johnson não poupa críticas aos adversários à frente. Ele disse que Donald Trump está errado quando afirma que a eleição é "manipulada”, como denunciou o republicano, na noite passada
Por Redação, com agências internacionais - de Washington
Segundo uma sondagem do diário norte-americano The Washington Post e da rede de TV ABC News, o candidato norte-americano à Presidência da República Gary Johnson (Partido Libertário) conta com 7% das intenções de voto para as eleições de 8 de novembro. É mais do que imaginavam os analistas políticos daquele país, no início da campanha eleitoral. Com suas propostas inusitadas, Johnson ganhou a dianteira na disputa com o rival do Partido Verde, Jill Stein, que reúne 2% dos votos. Segue em terceiro lugar atrás, obviamente, no encalço de Donald Trump e Hillary Clinton.
O libertário Gary Johnson não poupa críticas aos adversários à frente. Ele disse que Donald Trump está errado quando afirma que a eleição é "manipulada”, como denunciou o republicano, na noite passada.
— Não, as eleições não são manipuladas ... por que ele continua a dizer estas coisas dia após dia? Eu não tenho idéia — disse Johnson à jornalista da rede norte-americana de TV CNN Dana Bash. Ele participou, nesta quarta-feira, do programa jornalístico durante evento, em Las Vegas, no Estado norte-americano de Nevada.
Johnson também saiu em defesa das mulheres que denunciaram assédio sexual por parte do candidato republicano. Trump negou todas as alegações. Tem sugerido que elas estão vindo à tona agora em uma campanha para inviabilizar a sua candidatura.
— Acredito que os comentários (de Trump) foram mais do que inadequados — disse Johnson. Referia-se às recém-publicadas gravações de 2005, em que Trump descreve seu comportamento sexualmente agressivo. "E ele faz esses comentários e diz: 'Nossa, isso é conversa de vestiário’. São nove mulheres a lhe denunciar. Isso vai além do que conversa de vestiário. Essa é a realidade”, acrescentou.
Candidatura popular
Johnson, um empresário que enriqueceu com a venda de maconha no Estado do Novo México, onde a comercialização da erva é livre, vem ganhando terreno desde o início da campanha. Ele cresce na esteira do fato que ambos os candidatos dos principais partidos nestas eleições são extraordinariamente impopulares.
Os jovens, em particular, estão desanimados com Trump e Clinton. Segundo a pesquisa, entre 15% e 44% da geração do milênio planejam votar em candidatos de um terceiro partido. De acordo com o estudo, esses jovens eleitores estão insatisfeitos e decidiram votar nos partidos Libertário e Verde.
há cerca de três semanas, no entanto, Johnson deixou seus eleitores espantados ao admitir que não sabia onde era Allepo. A cidade tem sido bombardeada por caças norte-americanos. Ao perceber a hesitação, o comentarista que conversava com foi adiante e pediu que ele indicasse um líder que ele respeitasse:
— (Pode ser) de qualquer lado. De qualquer continente. Canadá, México, Europa, Ásia, América do Sul, África. Um líder qualquer que respeite.
‘Fox, obrigado!’
O candidato à presidência dos Estados Unidos volta a hesitar. Tenta lembrar-se de um nome. Um nome qualquer. Qualquer líder, seja ele quem for e de onde for. Mas nada lhe ocorre. Sem ter mais argumentos, admitie.
— Acho que estou em outro ‘momento Allepo’, em relação ao nome do antigo Presidente do México — desculpou-se.
Ainda assim, teve mais uma oportunidade, a última:
— Pode ser um líder qualquer, de qualquer lugar do mundo — diz o jornalista Chris Matthews.
Mas Gary Johnson limita-se a repetir:
— O antigo Presidente do México…
— Mas qual deles?
— Não sei. Acho que estou tendo ‘um branco’…
Bill Weld, ex-governador do Estado norte-americano do Massachusetts, também convidado a participar no programa, intervém finalmente. Saiu na tentativa de ajudar o candidato libertário. Um a um, Weld vai dizendo os nomes dos presidentes do México, até chegar ao nome de Fox, Vicente Fox Quesadas, presidente do país entre 2000 e 2006.
— Fox! Obrigado! — exclama Johnson, aliviado. Mas o pior já havia acontecido.
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