Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

João Paulo II comemora 26 anos de pontificado com duas missas

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Sábado, 16 de Outubro de 2004 às 07:08, por: CdB

O papa João Paulo II celebra hoje, sábado, seus 26 anos de pontificado com duas missas, uma delas na mesma hora que foi eleito Pontífice em 1978, e uma refeição com seus mais próximos colaboradores, entre eles o cardeal secretário de estado, Angelo Sodano.

"Foi uma jornada dedicada a Deus e a seu ministério pastoral", afirmou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro Valls, que disse que o velho Pontífice oficiou uma missa no começo da manhã, na qual agradeceu a Deus todos estes anos, e depois continuou com seu trabalho diário, na mesma linha de sempre.

Esta tarde, às 18.00 hora local (13.00 de Brasília), na mesma hora que foi eleito Papa naquele já distante dia 16 de outubro de 1978, oficiará outra missa, na que pedirá a Deus - disse Navarro - uma bênção para o trabalho que ainda lhe resta fazer.

É que João Paulo II está disposto, como o tem reiterado em numerosas ocasiões, a continuar à frente da Igreja "até o final", ou seja, enquanto Deus quiser.

Ao meio-dia, Papa Wojtyla almoçou com seus mais próximos colaboradores e com os cardeais Angelo Sodano, secretário de Estado Vaticano; Camillo Runi, vigário de Roma, e Edmund Szoka, encarregado do governo da Cidade do Vaticano.

A refeição terminou com a tradicional torta de frutas que, como todos os anos, é preparada pelas freiras polonesas que cuidam do Papa.

Durante toda a jornada de hoje, da mesma forma que nos dias passados, chegaram milhares de mensagens de felicitações por estes 26 anos de pontificado enviados por chefes de Estado, reis, primeiros-ministros, políticos, personalidades do mundo da cultura, etc.

Navarro Valls disse que entre os milhares de telegramas estão também felicitações de personalidades do mundo islâmico e de outros não católicos.

Nas mensagens é ressaltado seu trabalho no interesse da paz no mundo e da defesa dos direitos inalienáveis do homem.

João Paulo II, segundo precisou o porta-voz, está muito agradecido por tantas mostras de afetos, e "muito contente" pelo concerto que ontem, em sua homenagem, foi oferecido na Sala Paulo VI do Vaticano pelo Coro e Orquestra do exército Russo, nome atual do antigo coro e orquestra do exército Vermelho soviético.

"Está muito contente, também pela simbologia cultural que está por trás do evento. Durante anos (na época de Stalin e em referência a uma eventual invasão do Vaticano pelo regime soviético) se falou que os cavalos dos soldados russos beberiam nas fontes de São Pedro. A profecia de guerra se transformou em um promessa de paz", disse Navarro.

João Paulo II passou toda o dia no Vaticano, com o pensamento na missa solene que presidirá amanhã e com a que dará início ao Ano da Eucaristia, convocado por ele e que começa em concomitância com o Congresso Eucarístico Mundial que é realizado em Guadalajara (México).

Este Ano da Eucaristia se prolongará até o final de outubro de 2005 e com o mesmo pretende ressaltar a importância deste sacramento. Com esse motivo escreveu recentemente a Carta Apostólica "Emane Nobiscum Domine" (senhor, fique conosco).

Na carta escreveu que os cristãos devem se comprometer a testemunhar com mais força a presença de Deus no mundo.

"Não tenhamos medo de falar dele e levar de cabeça erguida os sinais da fé. A Eucaristia promove uma cultura do diálogo. É um erro acreditar que as referências públicas à fé podem menosprezar a justa autonomia do Estado ou das instituições civis ou que possa animar comportamentos de intolerância", afirmou.

O máximo Pontífice empreende o novo ano de Pontificado olhando para frente, sem se preocupar com seu cada vez mais delicado estado de saúde e decidido a continuar "se gastando", como gosta dizer, pela causa do Evangelho.

Neste novo ano de pontificado tem previsto ir a Colônia (Alemanha), em agosto, para a Jornada Mundial da Juventude e não se descarta que volte pela décima vez a sua Polônia natal.

O cardeal polonês Karol Wojtyla foi eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978. Levou o nome de João Paulo II em

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