Jane Fonda lamenta a visita que fez a uma plataforma de armas norte-vietnamita em 1972. A atriz e guru da boa forma física revelou o sentimento em entrevista que concedeu ao programa de TV “60 Minutes”, da CBS, que irá ao ar no domingo.
A atriz defendeu a viagem que fez ao Vietnã em 1972, que lhe valeu o apelido “Hanoi Jane”. Mas disse que a visita que fez a uma plataforma de canhões antiaéreos norte-vietnamitas usados para derrubar pilotos norte-americanos foi uma traição das forças dos EUA.
“A imagem de Jane Fonda, Barbarella, a filha de Henry Fonda, sentada em cima de um canhão antiaéreo inimigo, foi uma traição”, disse ela, descrevendo seu ato como “o maior erro de julgamento que sou capaz de imaginar”.
Mas ela disse que não lamenta ter ido a Hanói nem ter sido fotografada ali ao lado de prisioneiros de guerra americanos.
“Houve centenas de delegações americanas que se reuniram com os prisioneiros de guerra”, disse ela. “Os dois lados estavam usando os prisioneiros de guerra como propaganda política. Não é algo pelo qual eu vá pedir desculpas.”
Três décadas mais tarde, o Vietnã continua a ser uma questão que divide os americanos. Durante a campanha eleitoral do ano passado, alguns defensores republicanos do presidente George W. Bush apelidaram seu rival, o candidato democrata senador John Kerry, de “Hanoi John” por ter protestado contra a Guerra do Vietnã depois de ter servido nela e ter recebido cinco medalhas por sua atuação em combate.