Trinta e nove pessoas morreram e 129 ficaram feridas depois que uma bomba, aparentemente detonada por uma terrorista suicida, explodiu dentro de um vagão do metrô de Moscou, durante o horário do rush matinal. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concorda com as suspeitas da polícia de que separatistas chechenos sejam os autores do ataque e pediu união internacional contra o terrorismo.
- Até agora, há 39 mortos e 129 pessoas estão sendo atendidas com ferimentos em hospitais - disse o vice-ministro do Interior, Alexander Chekalin.
Ainda não há informações sobre a existência de estrangeiros entre os mortos e feridos.
Segundo a agência de notícias Itar-Tass, um representante da FSB (agência de segurança) teria dito que "a principal versão do incidente é de um ato terrorista".
- Não descartamos a possibilidade de que a explosão tenha sido causada por um suicida - disse um porta-voz do Ministério do Interior.
Putin foi mais veemente:
- Não precisamos de nenhuma informação indireta. Sabemos com certeza que Maskhadov e seus bandidos estão ligados a esse ato de terrorismo - disse Putin, segundo a agência de notícias russa Interfax, referindo-se ao líder separatista Aslan Maskhadov.
Um porta-voz do líder foragido negou participação de Maskhadov no planejamento do atentado.
O ataque ocorreu às 8h30m (3h30m horário de Brasília), quando o trem do metrô estava lotado com pessoas que se dirigiam ao trabalho. A força da explosão, que deflagrou um incêndio, destruiu o segundo vagão, que trafegava entre duas estações movimentadas no centro de Moscou - Paveletskaya e Avtozavodskaya.
Dezenas de ambulâncias e carros do corpo de bombeiros se dirigiram para a Praça Pavaletskaya, e equipes começaram a retirar os corpos e os feridos.
A polícia estima que cinco quilos de explosivos tenham sido usados no ataque.
Testemunhas disseram que os sobreviventes que conseguiam se mover tiveram que andar dois quilômetros pelos trilhos até a estação mais próxima.
- Ouvi uma explosão terrível e quase caí. Meu primeiro pensamento foi correr para fora em busca de ar, mas, por causa do choque, eu mal podia me mover - contou o estudante Alexander Maksimov, de 18 anos, rosto pálidos e mãos trêmulas.
O atentado ocorre apenas seis semanas antes das eleições presidenciais de 14 de março e pode ser um duro golpe para o presidente Vladimir Putin, franco-favorito a conquistar um segundo mandato. Entre as promessas de Putin, está a de encerrar o conflito na república separatista da Chechênia.
Logo após o ataque ao metrô, Putin exortou a comunidade internacional a se unir para derrotar o terrorismo.
- Apenas unindo forças, poderemos enfrentar o terrorismo, este flagelo do século XXI - disse Putin, que recebeu a visita e condolências do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev. A notícia da explosão atingiu o mercado financeiro russo, provocando uma baixa de 0,3% do rublo em relação ao dólar e queda das cotações das ações.