Há três dias, a capital de Roraima vive isolada e em clima de guerra. O bloqueio das pistas de acesso a Boa Vista, montado pelos fazendeiros contrários à proposta do governo de homologar a terra indígena Raposa Serra do Sol, causou uma corrida de motoristas aos postos de combustíveis.
Em alguns estabelecimentos, tanques já estão vazios. O protesto conta com apoio do governador Flamarion Portela (afastado do PT), de policiais militares, empresários e uma pequena parcela dos índios.
A Polícia Rodoviária Federal alega não ter meios para retirar centenas de tratores e carretas carregadas de óleo diesel e madeiras que impedem o trânsito nas rodovias. A Polícia Federal no Estado aguarda reforço e tenta, por meio do diálogo, soltar três religiosos mantidos como reféns na aldeia Surumuru, a 220 km.
Até o início da noite desta quinta-feira, índios ocupavam o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e ameaçavam invadir a catedral, onde o bispo defende a retirada dos brancos da reserva. O comércio fechou as portas, na quarta-feira, em apoio aos fazendeiros. Colaborou: Zequinha Neto, Especial para o Estado).
Já começa a faltar combustível em Boa Vista
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Quinta, 08 de Janeiro de 2004 às 18:13, por: CdB