Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Israelenses produzem o documentário Difamação

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Sexta, 08 de Janeiro de 2016 às 16:13, por: CdB

Lage acrescentou, em comentário ao filme Difamação, publicado na sua rede social que, "também, no plano linguístico, mostra a amplitude com que o conceito de semitismo

Por Redação - do Rio de Janeiro
O documentário israelense Difamação, de Yoav Shamir "ajuda a entender porque é tão importante para a propaganda globalizada que negros, índios, muçulmanos, nordestinos, xiitas, sunitas etc. sintam-se discriminados, ruminem a história das discriminações que sofreram e construam assim o sentimento de sua unidade (e coesão) na diferença: são divisões entre os homens que elidem a distinção entre classes sociais e nações, fragilizando politicamente essas categorias", afirma o jornalista Nilson Lage.
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O documentário Difamação, produzido em Israel, trata de temas amplos no contexto dos preconceitos raciais e sociais
Professor titular na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor adjunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lage acrescentou, em comentário ao filme Difamação, publicado na sua rede social que, "também, no plano linguístico, mostra a amplitude com que o conceito de semitismo – que se aplica tecnicamente aos povos falantes de línguas semíticas (as principais, hoje, são o árabe e o hebraico) – foi especializado, no contexto da cultura anglo-americana, para qualificar ações especificas contra judeus; de maneira enviesada, como transita para significar a oposição ao movimento filosófico e político sionista, proposto por Theodor Herzl em 1895 e que se materializou na fundação do Estado de Israel como nação de hegemonia judaica. Assim funciona o tipo de manipulação que fez Roland Barthes escrever que 'a língua é fascista”. "Em termos conceituais, associei o processo de formação da unidade israelense (e pretensamente judaica) no culto da vitimação a uma espiral que se projeta na sociedade como algo de que não se pode escapar e a que se tem forçosamente que aderir sob pena de exclusão – a espiral do ódio. É coisa tão descabida! Em nada diferem arianos, coreanos, judeus, persas ou caigangues. Poderia dizer que nenhum deles presta, mas não seria verdade. Alguns prestam e estes estão distribuídos por igual nesses grupos e em quaisquer outros que se invente", conclui. Assista, a seguir, ao documentário Difamação:
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