O governo de Israel afirmou que vai libertar 440 prisioneiros palestinos na quarta-feira, menos do que o inicialmente prometido.
O primeiro-ministro israelense Ariel Sharon disse, em julho, que seriam pelo menos 500 prisioneiros libertados.
O anúncio de domingo ocorre depois de uma reunião do gabinete de governo israelense para discutir a questão.
Segundo correspondentes, a libertação de prisioneiros palestinos é uma das questões fundamentais para o sucesso do plano de paz internacional para a região.
Nomes
Os nomes dos prisioneiros que devem ser libertados serão divulgados na página na internet do serviço de prisões israelenses na segunda-feira.
Haverá um período de 48 horas para serem feitas as objeções legais à libertação dos prisioneiros e então, caso não apareçam outros obstáculos, alguns ou todos os prisioneiros serão libertados.
Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Nick Thorpe, mais palestinos poderão ser libertados nas próximas semanas no que seria a medida simbólica mais importante tomada por Israel até agora.
A libertação em massa de prisioneiros palestinos foi prometida por Israel por várias semanas.
Ainda segundo Nick Thorpe grupos militantes palestinos como Hamas e Jihad Islâmica vão acompanhar de perto a libertação para saber quais de seus membros poderão estar entre os prisioneiros.
Em declarações anteriores, o governo de Israel afirmava que poderia libertar 600 prisioneiros. Atualmente, seis mil estão nas prisões israelenses.
No mês passado, pouco antes do primeiro-ministro Ariel Sharon se reunir com o presidente americano George W. Bush em Washington, Israel anunciou a libertação de 540 prisioneiros, incluindo 210 integrantes do Hamas e da Jihad Islâmica.
Impasse
Mais cedo, no domingo, o impasse entre 17 militantes palestinos e as forças de segurança da Autoridade Palestina foi encerrado.
Os homens, que são procurados por Israel, foram presos pelas forças de segurança palestinas no sábado, meses depois deles terem se abrigado no complexo presidencial de Yasser Arafat, em Ramallah.
As forças de segurança palestinas concordaram em deixar os homens permanecerem no complexo presidencial e não serem transferidos para uma prisão em Jericó, na Cisjordânia.
O acordo foi fechado depois que o grupo militante Brigada dos Mártires de Al Aqsa, do qual os homens fazem parte, ameaçou acabar com o cessar fogo e retomar os ataques a Israel.
Grupos militantes palestinos anunciaram o cessar fogo no dia 29 de junho, mas Israel quer os grupos desmantelados.