Israel fecha Cisjordânia para festividade do Pesach

O exército israelense decretou o fechamento total do território palestino da Cisjordânia por ocasião da festividade do Pesach, apesar de Gaza permanecer aberta, informaram fontes militares.

A proibição para os palestinos da Cisjordânia entrarem em Israel até primeiro de maio começou a valer na madrugada passada.

Os judeus de todo o mundo celebrarão a partir de amanhã a festa do "Pesach", que lembra o êxodo dos israelitas do Egito faraônico há mais de 3.000 anos sob o comando de Moisés e sua constituição como povo.

Trata-se de um período de férias escolares no qual os israelenses fazem excursões por todo o país, o que levou o governo a decretar o fechamento da Cisjordânia por medo de atentados.

O governo israelense ordenou o estado de emergência no exército e a polícia decretou o alerta "C", um grau antes do de emergência máxima.

Dezenas de milhares de agentes patrulharão por estradas e ruas durante a festa, assim como por parques e zonas turísticas.

Desde que começou a Intifada de al-Aqsa em 2000 os períodos de festa em Israel são considerados pelos órgãos de segurança de máxima sensibilidade.

No final de março de 2002, um suicida palestino cometeu um sangrento atentado em um hotel da cidade mediterrânea de Natânia no qual morreram 30 pessoas e 200 ficaram feridas, em meio ao tradicional jantar do Pesach ou "Seder".

Nesse jantar, os judeus fazem a apuração do êxodo do Egito, em cumprimento do preceito de recordá-lo em cada geração.

Esse atentado, e outros que o precederam em fevereiro e março, levaram Israel a lançar a operação militar "Muro de defesa", a maior ofensiva militar na Cisjordânia desde 1967 e na qual morreram centenas de palestinos.