Israel lamentou seus mortos neste sábado e pesou sua retaliação para uma emboscada palestina em Hebron, ocorrida na última sexta-feira, que matou 12 pessoas, incluindo o comandante das forças israelenses na área. O exército israelense descreveu o ataque como um assalto cuidadosamente planejado contra colonos judeus que voltavam de uma missa, uma armadilha para atrair as forças de segurança para um beco sem saída. Nenhum dos fiéis estava entre os mortos, afirmaram autoridades israelenses neste sábado. Eles disseram que os mortos eram cinco soldados da polícia de fronteiras, quatro soldados do exército - dois deles oficiais - e três guardas civis do assentamento israelense de Kiryat Arba. A emboscada foi um golpe devastador para o exército israelense, que havia descrito Hebron na manhã de sexta-feira, junto com o resto do sul da Cisjordânia, como, pelo menos temporariamente, calma e sob controle. As forças israelenses que responderam ao ataque mataram três palestinos, identificados como agressores. O Exército imediatamente colocou Hebron, que separada pelo controle israelense e palestino, sob um toque de recolher que durou todo o sábado, enquanto os soldados procuravam outros militantes. Eles prenderam dezenas de homens palestinos, vendando seus olhos antes de tirá-los da cidade. O Exército disse que os três palestinos foram mortos no local. Ele ainda descreveu as buscas deste sábado em Hebron como uma caça de militantes. "Eles estão vasculhando a cidade a fundo", afirmou o capitão Jacob Dallal, um porta-voz do Exército. O grupo, Jihad Islâmica, assumiu responsabilidade pelo ataque, alegando uma retaliação pelo assassinato, há uma semana, de seu líder local na cidade de Jenin, na Cisjordânia. Este foi o mais fatal ataque contra israelenses em Hebron nos dois anos do conflito. Autoridades israelenses disseram que o primeiro-ministro Ariel Sharon estaria reunido com o novo ministro da Defesa, Shaul Mofaz, para considerar uma resposta. Mofaz, como o novo ministro das Relações Exteriores, Benjamin Netanyahu, é um antigo defensor da idéia de expulsar o líder palestino, Yasser Arafat. Mas um oficial sênior israelense disse que Sharon havia excluído uma ação imediata contra Arafat. Com o Exército já no controle da Cisjordânia, não estava imediatamente claro quais seriam os passos a serem tomados. "A questão é: qual resposta ainda temos", afirmou. Uzi Landua, o ministro da segurança pública e um membro de direita do governo, disse que chegou a hora de destruir a Autoridade Palestina de Arafat. "Nós temos que destruir a infra-estrutura terrorista e isso significa destruir a Autoridade Palestina e o grupo militante islâmico Hamas, extraindo deles um grande preço", declarou Landau. Antes do ataque de sexta-feira, o Exército israelense disse que estaria diminuindo as restrições sobre os palestinos, pelo menos no sudoeste da Cisjordânia, enquanto eles comemoravam o feriado do Ramadã. Essa ação aparentemente parece que será revertida. Antes do amanhecer deste sábado, helicópteros israelenses atacaram uma loja que, segundo o Exército, seria usada para fabricar armas. O comandante morto no ataque, um coronel, estava entre os mais importantes oficiais mortos no conflito. O Exército israelense estaria conduzindo uma investigação sobre o incidente. O ataque ocorreu em uma noite tranqüila em uma pequena rodovia. Pouco depois das 19h (horário local), colonos judeus estavam voltando de uma missa na Caverna dos Patriarcas, respeitada por judeus e muçulmanos como o túmulo de Abraão. Acompanhados por um jipe da polícia de fronteiras, eles caminhavam em uma rodovia empoeirada conhecida como "travessa dos fiéis" em direção ao assentamento de Kiryat Arba, em Hebron. O Exército israelense repetidamente tomou o controle das áreas palestinas de Hebron. Em particular, ele tem freqüentemente tomado as partes mais altas das cidades, usadas pelos atiradores palestinos. O Exército também impôs
Israel estuda resposta para ataque palestino em Hebron
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Sábado, 16 de Novembro de 2002 às 21:57, por: CdB