Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Israel atrasa planos de remoção de Arafat por causa de Gaza

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Segunda, 06 de Setembro de 2004 às 06:34, por: CdB

Israel renovou nesta segunda-feira a ameaça de expulsar Yasser Arafat, mas deu a entender que está demorando para tomar a ação contra o presidente palestino para evitar complicações na planejada retirada da Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa, Shaul Mofaz, disse na rádio do exército que a decisão do gabinete de segurança de um ano atrás sobre a deportação de Arafat "ainda é válida hoje", e que Israel "encontraria a maneira e a hora certa para trazer à tona a remoção de Arafat da área".

Autoridades israelenses reafirmaram muitas vezes a ameaça contra Arafat, mas fontes políticas dizem que essa mudança ainda é impossível já que os Estados Unidos, principais aliados de Israel, se opõem fortemente a ela.

O governo de Israel foi duramente criticado internacionalnalmente em setembro do ano passado, quando decidiu "a princípio" expulsar Arafat, confinado há mais de dois anos e meio em seu quartel-general na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

Mofaz classificou Arafat como "um obstáculo a qualquer processo futuro (de paz)", em comentários veiculados seis dias depois que suicidas palestinos mataram 16 pessoas em dois ônibus na cidade de Beersheba, sul de Israel.

Mofaz deu a entender que Israel atrasou a implementação dos planos contra Arafat para evitar agravar tensões que poderiam romper o plano de desocupação dos assentados e dos soldados de Gaza no próximo ano.

- O que nos guia agora... é primeiramente implementar o plano de desocupação - disse Mofaz.

Os Estados Unidos deixaram claro ser contra a expulsão ou ações que pudessem causar dano ao líder palestino.  Israel e Estados Unidos tentaram afastar Arafat, acusando-o de fomentar a violência durante a insurreição palestina, que tem pouco mais de quatro anos. Arafat, 75, símbolo do nacionalismo pelestino, negou as acusações.

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